O processo de desenvolvimento do cérebro é um processo que se desenvolve de uma forma lenta. Ao nascer o ser humano apresenta um cérebro imaturo, inacabado, isto apesar de parecer uma desvantagem torna-se numa capacidade, pois possibilita-o para a aprendizagem e torna-o tão complexo. O ser humano é um ser prematuro, no sentido em que não apresenta as suas capacidades, competências desenvolvidas, e isto explica o porquê de precisarmos dos outros durante tanto tempo, pois o período da infância é muito longo. Este inacabamento biológico designa-se por neotenia, atraso no desenvolvimento que faz com que o indivíduo se desenvolva mais devagar; a nossa prematuridade explica a ausência de uma programação biológica tão rígida como a que existe noutros animais. Inacabado, biologicamente desamparado, prematuro, está aberto a múltiplas potencialidades. A nossa natureza biológica torna mais flexível o processo de adaptação ao meio e o nosso estatuto só é atingido através da aprendizagem. Há uma grande diferença entre os seres vivos totalmente programados e outros animais que são parcialmente programados. No ser humano, essa programação é a menos significativa, por comparação com os outros seres vivos – o programa genético é aberto e é essa diferença que nos distingue como seres humanos. Os animais apresentam esquemas de comportamento especializados que os dotam de capacidades altamente eficazes de adaptação do meio, contudo estas especializações determinam limitações, uma vez que funcionam apenas nos nichos ecológicos onde os animais estão inseridos. Para além destas funções para que estão programados, estas capacidades de pouco servem quando as circunstâncias se alterem.
A nossa “imperfeição”, o nosso inacabamento permitem que nos adaptemos às mudanças, às situações imprevistas. Compensam as nossas limitações anatómicas com a invenção de soluções dando-nos a possibilidade de adaptação a circunstâncias novas e, por isso, desafiadoras.
Bibliografia:
http://inwikistorias.wikispaces.com/Paulo+Freire
http://www.autenticaeditora.com.br/noticias/item/64
MONTEIRO, Manuela Matos, FERREIRA, P. T. (2007), Ser Humano, Psicologia B, Porto Editora.
A nossa “imperfeição”, o nosso inacabamento permitem que nos adaptemos às mudanças, às situações imprevistas. Compensam as nossas limitações anatómicas com a invenção de soluções dando-nos a possibilidade de adaptação a circunstâncias novas e, por isso, desafiadoras.
Bibliografia:
http://inwikistorias.wikispaces.com/Paulo+Freire
http://www.autenticaeditora.com.br/noticias/item/64
MONTEIRO, Manuela Matos, FERREIRA, P. T. (2007), Ser Humano, Psicologia B, Porto Editora.
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