domingo, 4 de maio de 2008

Pensa! Age!

“«Pense», sim, mas não divague até outra pessoa pensar, resolver e agir. O homem que tem de ser convencido a agir antes de entrar em actividade não é um homem de acção... tem de agir conforme respira. Proceda como se fosse impossível falhar. Só as suas acções determinam e mostram o seu valor. Se ficar recostado e quieto a ver o mundo passar - o mundo passa mesmo. Não há nenhuma força do destino a planear a vida dos homens. O que nos sucede, de bom ou de mau, é quase sempre o resultado da nossa acção ou da falta dela. A acção é a base de qualquer realização.”

Alfred Montapert, in 'A Suprema Filosofia do Homem'

O conceito de esforço de realização relaciona-se com o empenho que colocamos nas coisas que queremos alcançar, no empenho que conseguimos manter relativamente à prossecução dos nossos desejos e objectivos. Este esforço está intimamente relacionado com o modo como os nossos desejos e propósitos se transformam em acções. Como todos nós sabemos o esforço e o empenho fazem-se com objectivos, motivações, aspirações, vontades e intenções, que são importantes no que somos e no que fazemos. Para tudo isto é preciso valorizar o envolvimento, o estar e o vivenciar, valorizar os passos que damos na procura dos nossos desejos, encontrar maneiras, coisas que nos motivem a agir. É no fundo a motivação, o empenho, a vontade e o desejo que move os indivíduos em direcção a um fim ou objectivo que, a dar sentido à sua acção, faz com que esta tenha significado para ele.
Contudo, a conclusão que podemos tirar deste excerto, é que não devemos esperar que algo nos motive ou que cause desejo, temos que saber procurar, descobrir, sermos nós próprios a tomar consciência do que queremos e seguir em frente, agindo, fazendo com que as nossas acções tenham sentido ou significado para nós e de certa forma para os outros, pois não vivemos isolados. Só assim, é que nos vamos construindo, tornando-nos seres autónomos. Claro que não podemos esquecer dos factores que mencionei, porque por exemplo a motivação, a vontade são factores imponentes na maneira como estabelecemos objectivos, como agimos numa determinada direcção pois é esta vontade, esta força que nos leva a agir.

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