domingo, 4 de maio de 2008

A nossa vida…as nossas decisões!

Quando acordamos, podemos levantar-nos ou ficar na cama. Porém, se decidirmos que o melhor é nos levantarmos, temos que decidir se vamos ficar em casa ou vamos sair. Caso se escolha a segunda opção, existe também a necessidade de escolher o que vamos vestir. De seguida temos que pensar um pouco para decidir o sítio que preferimos visitar; mais tarde teremos de seleccionar o local onde iremos almoçar. De seguida, decidiremos se queremos voltar para casa ou visitar outro lugar, etc.
Como vemos, a nossa vida está repleta de decisões. Decisões que tomamos, por vezes, até instantaneamente! Tão rápido que nem nos lembramos da complexidade do processo que envolve a resolução de um problema.
Escolher o que queremos vestir, por exemplo, é uma decisão que tomamos de uma forma descontraída, sem nos preocuparmos em demasia com o assunto. Mas quando nos aparecem problemas sérios, que podem mudar a nossa vida por completo, mudamos instantaneamente de postura: queremos pensar bem antes de decidir. É o caso, por exemplo, de uma nova proposta de emprego, da possibilidade de mudar de escola, do curso que queremos frequentar na Universidade, etc.
Esta última questão interessa particularmente aos alunos que se encontram no 12ºano, como é o nosso caso. Mas porque é que esta decisão é tão difícil para nós? A verdade é que uma pequena escolha que faremos num futuro próximo terá uma enorme repercussão no nosso futuro. Seria extremamente frustrante trabalhar toda a vida em algo que não nos suscita qualquer interesse.
Uma decisão como esta exige, então, um processo de pensamento exaustivo, no qual interligamos conceitos – construindo um raciocínio lógico – para que sejamos capazes de identificar o problema, analisar as hipóteses de resolução possíveis e, por fim, optar pela que nos parece mais adequada. Estas três etapas fazem parte de qualquer resolução de problemas, no entanto podem não aparecer assim de forma tão distinta, havendo a possibilidade de serem confundidas.
Quando tomamos uma decisão temos que ter em conta os nossos conhecimentos prévios, os nossos gostos, a nossa história pessoal, entre outros. É daí que surge a necessidade emergente de fazermos as nossas próprias escolhas, como afirma Bandura:

“Nenhuma decisão é tomada sem emoção, e ninguém é motivado exclusivamente pelo desejo de maximizar os seus interesses. As pessoas não escolhem o que lhes é mais útil. Dado terem de viver consigo próprias, têm tendência a escolher acções que lhes ofereçam uma satisfação pessoal e o sentido do seu próprio valor, e recusam as que as desvalorizam.”
BANDURA, A., Sciencies Humaines, n.º148, 2004, pp. 112-113.

Bibliografia
MONTEIRO, Manuela matos e OUTROS, Ser Humano – 12ºano Psicologia B, Porto Editora, 2007.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tomada_de_decis%C3%B5es

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