domingo, 6 de abril de 2008

A Mente é um sistema dinâmico


“A mente é um sistema dinâmico de relação entre um ser humano e o seu mundo”
Nas aulas de Psicologia tu podes aprender várias coisas, nomeadamente estudar, ou tentar estudar o que há demais complexo em cada um de nós, ou seja, o nosso mundo interior que diz respeito às nossas experiências íntimas, desejos, bem como sentimentos. Sim, estou a falar da mente, a nossa mente! Se pararmos para pensar na pergunta: “o que é a mente?”, por mais que a resposta esteja na ponta da língua, não existe uma definição precisa, algo palpável, já que a mente também é algo invisível, algo que está no interior de cada um de nós.
Cada um de nós vê, sente ou pensa as coisas de forma particular e singular. Esta noção de subjectividade temos de ter sempre em conta já que é inerente à compreensão da mente, do modo como os seres humanos experienciam a sua vida e se comportam. A mente é então encarada como algo que existe no nosso interior, algo escondido, inacessível aos outros, e podemos constatar que por vezes até é obscuro para nós.
Neste momento é importante termos noção, que cada sujeito é composto por dois lados, e eu vou já explicar o porquê. Possuímos um lado interior (mente) e um lado exterior (comportamentos). Não negando a existência de um mundo interior (de pensamentos, de significados, de emoções…), as pessoas, nomeadamente, os psicólogos sentiram necessidade de procurar conhecer e estudar o funcionamento mental através do que é objectivamente observável: os comportamentos e as condições externas que os desencadeiam. É muito complicado e complexo estudar o nosso mundo interior, por isso a partir dos comportamentos, que é aquilo que podemos visualizar, tentou-se estudar a mente.
O que pensamos relaciona-se com o que fazemos, o que sentimos com o modo como nos comportamos. Existe, portanto, uma relação com o fazer, sentir, pensar e a partir desta relação procurou-se conhecer de que modo se realiza a correspondência com o que está fora (comportamentos) e com o que está dentro de nós. Estes elementos são as representações (conjunto de conhecimentos, crenças, que estão codificadas na memoria e podem ser manipuladas mentalmente. Transpõe para o interior a realidade, as existências, as acções que são exteriores à mente). Estas representações têm sempre em conta, como sabemos, as informações que captamos sobre a realidade, só que estas não são cópias da realidade, mas sim uma interpretação. Por isso, é que a informação em si não tem qualquer significado, e para que as representações possam ser úteis, para se poder compreender o mundo interior e o exterior, as representações têm de ter significado para a mente. A mente mais do que tratar informação, vai criando significados. Aqui está uma grande diferença entre mim e tu que estás a ler este texto, e por exemplo o teu amigo, as experiências que temos, as nossas vidas, os nossos sentimentos, aquilo que vivemos é de um modo tão particular e singular que acabamos por atribuir significados a coisas diferentes. Imagina-te a ver um filme com um teu amigo, se porventura estão a falar de uma parte do filme, tu vais reparar que aquilo que achaste importante, que te entusiasmou por alguma razão não é igual ao do teu amigo e porquê? Como eu já disse, tu atribuis os teus significados às coisas, porque é impossível viveres num mundo sem significados, como também é impossível existirem duas pessoas iguais, consegues perceber?
A nossa mente funciona de forma total, cujos processos e conteúdos são chamados a cada momento para a criação de significados, que se transforma e se constrói a cada momento através do nosso envolvimento no mundo que constitui a actividade mental. Em relação com o mundo, cada um conhece, sente e age, tem necessidades, intenções… diferentes por isso “A mente é um sistema dinâmico de relação entre um ser humano e o seu mundo”.
Se porventura não fui coerente, ou não conseguiste perceber alguma coisa, deixa um comentário!

Bibliografia:
Manual de Psicologia B - Porto Editora - 12º ano

Alexandra Pinto 12ºB

1 comentário:

Anónimo disse...

muito bom, mesmo. apresentas de forma clara uma temática que é tão difícil de explicar...