Certamente já ouviste falar de uma ou outra pessoa conhecida que seja vítima da doença de Alzheimer… Ou então, quando alguém se esquece de algo, comenta-se em tom jocoso: “Deves estar a ficar com Alzheimer!!!”. Mas o que é ao certo? Até que ponto pode condicionar a nossa qualidade de vida?
Descoberta em 1909 por Alois Alzheimer (um neuropatologista alemão), esta é uma doença degenerativa e irreversível do cérebro, que se caracteriza pela perda gradual das capacidades cognitivas superiores dos indivíduos, manifestando-se, sobretudo, a nível da memória. Visto em necrópsia (procedimento médico que consiste em examinar um cadáver para determinar a causa e modo de morte), o cérebro de um doente de Alzheimer apresenta uma atrofia generalizada, com perda neuronal específica em certas áreas do hipocampo (estrutura localizada nos lobos temporais do cérebro humano, considerada a principal sede da memória) mas também em regiões parieto-occipitais (que se localiza na parte posterior da nossa cabeça, mais conhecida por proteger o cerebelo) e frontais.
Estes défices amnésicos agravam-se com a progressão da doença e são posteriormente acompanhados por défices visuo-espaciais e de linguagem. O início da doença pode muitas vezes dar-se com simples alterações de personalidade, que nada deixam a suspeitar da gravidade da situação.
Numa primeira fase, a perda de memória causa às suas vítimas um grande desconforto. Porém, numa fase já mais adiantada do problema, estes pacientes não se conseguem aperceber da sua doença, por falha da auto-crítica. Deste modo, podemos concluir que não se trata apenas de uma simples falha na memória, mas sim de uma progressiva incapacidade para o trabalho e convívio social, devido a dificuldades para reconhecer pessoas que lhe são próximas e até mesmo objectos. Um paciente com esta doença repete as mesmas perguntas inúmeras vezes, mostrando a sua incapacidade de fixar algo novo. Palavras são esquecidas, frases são trocadas, muitas permanecendo sem finalização.
Como já acima referi, não existe cura efectiva para esta doença. O tratamento existente tem como objectivo confortar o paciente e retardar o máximo possível a evolução da mesma. São dadas medicações que inibem a enzima responsável pela degradação da acetilcolina (que é um neurotransmissor) produzida e libertada por um núcleo na base do cérebro. A deficiência de acetilcolina é considerada como um epifenómeno (ou seja, como algo que deriva da sua causa primária) da doença de Alzheimer.
Em Portugal, são 60 mil as vítimas de Alzheimer. Se conheces alguém, sobretudo com mais de sessenta anos, que apresenta características tais como perda de memória, dificuldade em executar tarefas domésticas, problemas de linguagem, perda de tempo e desorientação, alterações de humor, comportamento e personalidade, perda de iniciativa e problemas relacionados com o pensamento abstracto, leva-a imediatamente a um médico para que seja sujeita a um exame completo. Uma vez que o único tratamento existente visa a retardação da doença, um doente de Alzheimer não tem tempo a perder!
Fontes:
http://www.medicosdeportugal.pt/action/2/cnt_id/349/
http://blog.uncovering.org/archives/2007/09/doenca_alzheimer.html
http://www.alzheimer.med.br/
http://www.alzheimerportugal.org/clientSite/
domingo, 27 de abril de 2008
Alzheimer
Publicada por DM à(s) 21:25
Autores 12.ºF Ana Margarida
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