Certamente se olhares para esta imagem, não vais conseguir conter a vontade de agarrar o seu protagonista – o bebé. De facto, a aparência dos bebés é extremamente apelativa. Olhos e bochechas grandes, sorrisos ternos, incapacidade de andar e falar, são algumas das características que identificamos em todos eles. A sua vulnerabilidade perante o mundo que os rodeia deixa-nos enternecidos e incapazes de negar os seus pedidos. Sim, pedidos! Apesar de não conseguirem articular nenhuma palavra (pelo menos nenhuma que seja perceptível aos adultos!), estes “homenzinhos” em miniatura são, ao contrário do que durante muito tempo se julgou, sujeitos activos. Dispondo de várias capacidades e competências para comunicar – competências básicas do bebé –, conseguem estimular as pessoas à sua volta a agir de acordo com a suas necessidades. Através do choro, do sorriso, do contacto físico ou outro tipo de expressões faciais, transmitem a sua condição física e emocional como, por exemplo, a fome, o medo, a dor. Há, portanto, uma troca de sinais entre o bebé e os progenitores (que não têm de ser forçosamente os pais biológicos) – é a chamada regulação mútua. Durante este processo os bebés enviam mensagens na expectativa de uma resposta, sendo evidente o seu valor adaptativo para a criança. Assim, é possível uma aprendizagem que permite, inclusive, ler o comportamento dos outros e, deste modo, desenvolver expectativas sobre eles. No entanto, é essencial que essa regulação se processe de modo adequado, dado que é partir dela que o bebé encara de forma positiva ou negativa a realidade à sua volta. Desta forma, se estiver satisfeito, desenvolve um sentimento de segurança e bem-estar, caso contrário, pode ficar frustrado e ansioso, sentimentos que podem vir a repercutir-se negativamente no seu futuro.
Com isto, podemos então concluir que é indispensável a comunicação do bebé com outros seres humanos, logo desde a infância. Além de garantir a sua sobrevivência, possibilita um crescimento e desenvolvimento psíquico harmonioso. Somos, como todos sabem, seres sociais e, por isso, procuramos o conforto e companhia noutros indivíduos. Os bebés não são excepção. Embora pensemos o contrário, eles agem de acordo com os seus interesses e conseguem, grande parte das vezes, o que desejam. Não se deixem enganar pela sua frágil aparência!
Fonte: MONTEIRO, Manuela Matos, FERREIRA, P. T. (2007), Ser Humano, Psicologia B, Porto Editora.
domingo, 13 de abril de 2008
Os bebés dominam o mundo
Publicada por DM à(s) 19:52
Autores 12.º F Célia Cardoso
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