sábado, 12 de abril de 2008

A importância das relações precoces

Como todos nós sabemos o ser humano pode ser definido como um ser biologicamente social, e é esta vocação social que se manifesta logo após o nascimento do bebé nas relações precoces que estabelece com a mãe e com as pessoas que cuidam dele. A qualidade da relação entre o bebé e a figura parietal depende da capacidade dos cuidadores responderem adequadamente aos estados emocionais do outro e este processo designa-se por regulação mútua, e é aqui que tanto os bebés como os progenitores comunicam estados emocionais e respondem de forma adequada. Podemos então dizer que existem laços de vinculação, sendo esta a necessidade de criar e manter relações de proximidade e afectividade com os outros e assim assegurar protecção e segurança, entre o bebé e a figura parietal.
É por tudo isto que acabei de referir que podemos concluir o quão são importantes as relações que estabelecemos desde idade tenra já que estas nos vão ajudar, ou por outro lado prejudicar, na sua ausência ou quando são relações de má qualidade que perturbam o bebé, nas diferentes etapas da nossa vida já que a existência de uma boa vinculação favorecerão o nosso processo de individuação (a individuação é uma necessidade primária do ser humano que consiste em criar a sua própria identidade). Percebemos então que uma boa vinculação favorece a individuação uma vez que, se as figuras de vinculação desenvolverem relações de confiança com o bebé este vai-se sentir seguro para criar a sua identidade pois tem auto-estima e auto-confiança para enfrentar os desafios que a vida lhe impõe.

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