domingo, 1 de junho de 2008

Férias






















Eu sei que ainda falta um bocadinho (já faltou muito mais) para as férias mas....sonhar é bom e ajuda a trabalhar melhor.

The End...




Estamos a chegar ao fim de mais um ano lectivo. Foram publicadas neste espaço 128 mensagens e mais não sei quantos comentários. Que trabalheira! Por agora ficamos por aqui. Começa uma nova fase com novas tarefas...exames, avalições, estudar, estudar, estudar....Não posso deixar de agradecer a excelente participação dos meus alunos neste projecto. Eu sei que contava para a nota mas, mesmo assim, alguns de vocês fizeram mais do que aquilo que estavam obrigados a fazer. A qualidade nem sempre foi a melhor mas nada é perfeito. Amanhã, para o ano, para a próxima, será melhor e isso é que interessa. Agora é preciso estudar para os exames. Eu sei que é duro mas....logo a seguir estão de férias e, depois das férias...um mundo novo.

Acreditas em tudo o que vês?

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Certamente já ouviste falar e, inclusivamente, te deparaste com uma situação bizarra, em que aquilo que percepcionaste não correspondeu à realidade. Pois bem, se não conseguiste encontrar uma explicação para esses acontecimentos, neste artigo vais poder esclarecer-te em relação às diversas ilusões de óptica que desde há muito tempo fascinam o Homem.

O que é uma ilusão de óptica?

A expressão “ilusão de óptica” refere-se a acontecimentos específicos ou imagens, em que o sistema visual humano é “enganado”, conduzindo-nos a conclusões erradas. Faz-nos querer que o que vemos é o que está correcto, sem que, de facto, o seja. Assim, o nosso inconsciente confunde-se através de uma ou mais “leituras” da figura que visualiza, construindo imagens erradas para preencher espaços vazios. Existem diferentes tipos de ilusões de óptica como, por exemplo, as imagens impossíveis, escondidas ou ambíguas, sendo que elas podem surgir naturalmente (fisiológicas) ou ser criadas pelos seres humanos (cognitivas) – como é o caso de muitos pintores que criam nos seus quadros verdadeiras ilusões de óptica.
Este é, sem dúvida, um assunto que tem vindo a ser debatido entre os peritos que estudam a mente humana e que nos permite compreender o modo como o nosso cérebro funciona.

Porque é que elas ocorrem?

Como já vimos, as ilusões de óptica são caracterizadas por imagens “visualmente percebidas”, a nossa percepção do meio envolvente é, na sua maioria, auto-produzida. Sem nos apercebermos “corrigimos” mentalmente e de forma automática o conteúdo das nossas percepções. Os estímulos visuais são inconstantes e subjectivos o que nos permite, assim, ter consciência do tamanho de algum objecto ou ser vivo, apesar da sua distância. O mesmo se verifica quando a luz ou a ausência dela modificam as formas e as cores daquilo que estamos a observar. O nosso cérebro não se limita a ver, mas também a interpretar e a deduzir, daí o termo “visualmente percebido”. Contudo, este mecanismo nem sempre funciona. Muitas ilusões criam-se a partir dessa dedução. Ao contrário do que ocorre numa máquina fotográfica, é no cérebro que a informação que recebemos através dos olhos é tratada, sendo-lhe atribuído um sentido próprio. Efectivamente, não reproduzimos, na nossa mente, a realidade tal como ela é, em vez disso, construímos uma mera reprodução dela. Tudo o que vemos é, de certa forma, uma ilusão que em muito pouco se baseia na realidade. Os seres humanos interpretam o que vêem de acordo com as suas recordações, as suas memórias, o que torna este processo tão ambíguo. As imagens já memorizadas influenciam as que estamos a receber.
Com tudo isto facilmente se percebe a complexidade desta questão. Estudos revelaram que, inclusivamente, já se descobriram mais de 30 áreas diferentes no cérebro que se dedicam ao processamento da visão! O nosso sistema visual simplifica a realidade, de maneira a conseguirmos apreendê-la mais rápida e eficazmente e é precisamente essa simplificação imperfeita do real que origina as ilusões de óptica.

As ilusões de óptica mais conhecidas:

Agora que já consegues depreender com maior rigor aquilo que se passa no interior da tua cabeça, aqui estão alguns conhecidos exemplos de ilusões de óptica, acompanhadas da explicação do processo que ocorre em cada uma delas. Diverte-te e impressiona-te com os resultados obtidos!

1) Quantas extremidades tem o objecto?


Um “Blivet”, também conhecido como “Poiuyt”, é uma figura indecifrável, uma ilusão de óptica e um objecto impossível, em simultâneo. Apesar de nos parecer que tem três extremidades, a que se encontra no meio tem, na sua base, a forma de um rectângulo, desaparecendo misteriosamente.

2) Ilusão de “Orbison”


O primeiro homem a descrever esta ilusão foi William Orbison e, por isso, ela ficou conhecida pelo seu apelido, em 1939. Ao observar o losango central e o rectângulo que delineia as margens da imagem, parecem-nos (erradamente) que estes dois objectos estão distorcidos. Isto acontece graças ao fundo, que nos transmite uma ideia de perspectiva.

3) Qual das duas curvas é maior?


Esta ilusão foi descoberta ainda no século XIX, pelo psicólogo Joseph Jastrow e convence a maioria das pessoas de que a barra B é superior à barra A. Como elas se encontram sobrepostas e com recortes diagonais, parece-nos que seguem a estrutura de uma pirâmide, isto é, da mais comprida para a mais curta.

4) Serão realmente dois triângulos?


O conhecido triângulo de “Kanizsa” foi descrito na década de 50 por Gaetano Kanizsa. A ilusão de óptica aqui demonstrada é o facto de visualizarmos dois triângulos, sem que o triângulo branco exista na realidade.

5) O círculo é ou não perfeito?


À semelhança do que acontece na ilusão de “Orbison”, o círculo não parece ser perfeito, devido à trajectória das linhas que estão sobre ele.

6) As linhas horizontais estão tortas?


Conhecida como a “ilusão do café”, a imagem apresentada foi descoberta, por mero acaso, pelo Dr. Richard Gregory, enquanto estava sentado e observava a parede de um café. A forma como estavam dispostos os tijolos que, neste caso, são rectângulos, dava a sensação errada de que as linhas horizontais não eram paralelas.


7) Qual dos círculos centrais é maior?


Ao observarmos as duas imagens que se assemelham a uma flor, o nosso cérebro indica-nos, por influência dos círculos exteriores, que os que se encontram no centro têm tamanhos diferentes. Este efeito é conhecido como “a ilusão de Ebbighaus”.

É impressionante o que o nosso cérebro consegue recriar e o modo como essas percepções condicionam os nossos pensamentos e juízos. A partir de agora tem muito cuidado com o que afirmas e procura ver mais além do que aquilo que te é apresentado à primeira vista. Tal como reza o velho ditado: “As aparências iludem!”.

Fonte:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilus%C3%A3o_de_%C3%B3ptica
http://ruibrinquete.no.sapo.pt/curiosidades/ilusoes_de_optica.html

- MONTEIRO, Manuela Matos e OUTROS, Ser Humano – 12ºano Psicologia B, Porto Editora, 2007.

A mente humana segundo Bruner

Jerome Seymour Bruner nasceu no ano de 1915 na cidade de Nova Iorque, doutorou-se em psicologia na universidade de Harvard e viveu a maior parte da sua carreira como professor e investigador.
Bruner foi um dos grandes impulsionadores da teoria cognitivista como já vimos nas aulas anteriores da disciplina de psicologia, mas mais tarde acabou por abandonar essa mesma teoria alegando que se trataria de ser um modelo bastante limitado.
Em relação ao pensamento humano este psicólogo afirma que a mente humana não percorre os mesmos caminhos de um computador no que diz respeito ao seu processamento de informação, defendendo assim que o desenvolvimento da mente humana está ligado à construção de significados, criados pelos seres humanos na relação que estabelecem com o meio ambiente.
Contudo na década de 70 começaram a surgir algumas críticas porque embora a informação esteja na base das representações, uma representação não é uma cópia exacta da informação.
Uma informação por si só sozinha não possui qualquer tipo de significado e para que essa representação possa ser útil para nós, tem obrigatoriamente que ter significado.
Por exemplo a simples palavra “erovrá”, neste vocábulo podemos distinguir as suas letras, lermos a palavra e eventualmente até pensar que se pode tratar de uma palavra de outra língua qualquer, mas se eu agora mencionar que se trata da palavra árvore escrita inversamente, já podemos aplicar a diversas situações e a diferentes contextos como árvore de fruto ou árvore da vida.
Isto tudo só para verificar-mos de que uma palavra sem qualquer sentido para nós não é possível ter utilidade na nossa vida.
A mente, mais do que tratar a informação cria significados a cada uma, enquanto que o computador se limita a aplicar regras que alguém as introduziu e que para ele são abstractas.
Neste processo a mente é criativa, produz sentido, é pessoal, subjectiva, insere-se num contexto social e numa determinada cultura.
É criativa na forma como tem a capacidade de criar os mais variados e estranhos significados a todas as informações. Produz sentido, porque só podemos atribuir um significado à informação quando esse mesmo significado possui algum sentido para nós. É pessoal devido ao facto de ser algo interior e que só diz respeito à própria pessoa e é subjectiva no sentido em que conceitos iguais podem ser traduzidos em significados totalmente diferentes de pessoa para pessoa.
Para além da mente ser algo individual e interior, também é partilhada com os outros no sentido em que a pertença a um determinado grupo social irá condicionar a forma como os indivíduos pensam e se comportam.
Finalmente, e em relação à cultura Bruner reconhece que em cada cultura existe ao que se chama de psicologia popular, que consiste na forma como um individuo num determinado contexto social tenta compreender o que são as pessoas, porque razão se comportam de determinada forma e como encaram os seus problemas.
Pois bem, este tipo de explicação funciona como se fosse um conhecimento empírico, que consiste na observação dos outros, adquirindo assim o seu próprio conhecimento, diferentemente da psicologia científica que organiza as suas teorias conceptualmente, levando a que os fins estejam sempre relacionados com os inícios e relacionando assim rigorosamente a causa com o efeito.



Bibliografia:
Manual da disciplina de psicologia

Estádios de desenvolvimento

Como é do conhecimento de todos, as crianças, à medida que evoluem vão se ajustando à realidade circundante, e superando de modo cada vez mais eficaz, as múltiplas situações com que se confrontam.
Os sucessivos ajustes da criança ao longo do seu desenvolvimento devem interpretar-se em função daquilo que Piaget define como estádios de desenvolvimento na sua Teoria Cognitiva, sendo estes:
1 - Sensório-motor,
2 - Pré-operacional,
3 - Operatório concreto
4 - Operatório formal

1 – Sensório – motor (0 aos 18/24 meses de idade)
Neste estádio a criança procura adquirir controlo motor e sentir os objectos físicos que a rodeiam. Assim pode-se dizer que a actividade cognitiva é essencialmente uma experiência imediata.
Assim podemos dizer que as principais características deste estádio são: a exploração manual e visual do ambiente; a experiência obtida com acções; a inteligência prática; as acções ocorrem antes do pensamento; a centralização no próprio corpo e a noção de permanência do objecto.

2-Pré-operacional (2 aos 6 anos)
Neste estádio a criança já não depende unicamente de suas sensações, dos seus movimentos, mas já distingue uma imagem, palavra ou símbolo do seu significado.
Deste modo, já e capaz de relacionar os objectos com outras coisas. Tal aspecto tem como consequência o desenvolvimento da representação que cria as condições necessárias para a aquisição da linguagem.
Importante realçar que apesar de tudo a actividade sensório – motora não está esquecida ou abandonada, mas refinada e mais sofisticada, pois verifica-se que ocorre uma crescente melhoria na sua aprendizagem. Algumas das características da criança deste estádio são: o egocentrismo; o facto de não conseguir colocar-se no lugar do outro; não aceita a ideia do acaso, tudo tem que ter uma explicação, e por isso é designada idade dos porquês; deixa-se levar pela aparência.

3- Operatório concreto (7 aos 11 anos)
Neste estádio a criança deixa de confundir o real com a fantasia. É nesta altura que a criança adquire a capacidade de realizar operações. A criança começa a lidar com conceitos abstractos como os números e relacionamentos. Assim, este estádio é caracterizado por uma lógica interna consistente e pela habilidade de solucionar problemas concretos, isto porque, já possui uma organização mental integrada. Deste modo, Piaget já fala em operações de pensamento em vez de acções. Devido ao estruturamento do pensamento dá-se o desenvolvimento da linguagem, e deixa de existir monólogo passando ao diálogo interno.
É ainda nesta fase que a criança começa a dar grande valor ao grupo de pares, devido ao decréscimo do egocentrismo, adquirindo valores tais como a amizade, companheirismo, partilha, etc. Facto que ajuda a criança a, progressivamente, desenvolver capacidade de se colocar no ponto de vista do outro.

4 – Operações formais (11/12 aos 15/16 anos)
A transição para o estádio das operações formais é bastante evidente, dadas as notáveis diferenças que surgem nas características do pensamento. Assim, a grande novidade do nível das operações formais é que o sujeito torna-se capaz de raciocinar correctamente sobre proposições que ainda considera puras hipóteses.
Aqui a criança começa a raciocinar lógica e sistematicamente e, deste modo, este estádio é definido pela habilidade de ser capaz de desenvolver o raciocínio abstracto dando possibilidade ao pensamento hipotético dedutivo.
É nesta fase que a criança desenvolve a sua própria identidade, podendo haver, neste período problemas existências e dúvidas entre o certo e o errado.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_cognitiva#Sens.C3.B3rio-motor
http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/filosofia/filosofia_trabalhos/preoperatorio.htm
http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/psicologia/psicologia_trabalhos/cresccriancapiaget.htm

Diferentes porquê?



Como todos nós sabemos em toda a sociedade são vários os cidadãos alvos de descriminação. Apesar dos esforços realizados, no sentido de combater estas situações, a verdade é que são sempre muito frequentes.
Quem nunca ouviu falar daquela vizinha do lado que por ter uma cor de pele diferente da sociedade em que vivemos não consegue emprego, ou por outro lado aquele a quem por infelicidade sua, tem uma pequena deficiência motora facto que é usado para chacota, descriminação ou puro preconceito?
Pois é, são situações que ainda acontecem com alguma frequência.
Mas temos estado aqui a falar de descriminação, preconceito, mas a final de contas o que é isso de descriminação e preconceito?
Descriminação, são actos intencionais que assentam em distinções injustas e injuriosas relativamente a um grupo ou individuo, e preconceito é uma atitude que envolve um pré-juízo, um pré-julgamento, na maior parte das vezes negativo, relativamente a pessoas ou grupos sociais.
Podemos ainda dividir discriminação positiva e negativa, uma vez que: ao serem criadas medidas que permitam ajudar as pessoas a ultrapassar uma situação de desfavorecimento, pode-se considerar que é um tipo de diferenciação, mas positiva; já no caso da descriminação negativa as situações são muito diferentes na medida em que este tipo de comportamento visa magoar o outro de uma ou outra forma.
Mas será que pela simples razão de terem uma cor de pele diferente, uma condição física diferente, uma religião diferente, entre outros aspectos, temos o direito de não os aceitar na nossa sociedade? Não têm o mesmo direito que todos os outros cidadãos?

Fontes:
Ø MATOS MONTEIRO, Manuela/ /TAVARES FERREIRA, Pedro; Ser humano-2ªparte Psicologia B 12ºano; Porto Editora; 2006

Brincar afinal não é só uma brincadeira

Em abordagem a vários temas relacionados com o desenvolvimento e crescimento do ser humano resolvi fazer este trabalho que nos mostra a importância que o “brincar” tem para as crianças.
Grande parte do tempo das crianças é passado a brincar. A brincadeira é uma espécie de linguagem universal, essencial ao desenvolvimento e equilíbrio da criança, e não só, todos nós necessitamos de brincar, sendo claro que há diferentes brincadeiras para diferentes idades, é óbvio que uma brincadeira para uma criança não é uma brincadeira para um adulto e que uma brincadeira para um adulto não é uma brincadeira para uma criança.
Ao brincar, a criança tem a possibilidade de ir percebendo o funcionamento das coisas que a rodeiam e de, lentamente, ir entrando no mundo dos adultos e nas regras que o regem. Assim, observando e brincando com as crianças, temos a possibilidade de nos apercebermos do significado que o mundo tem para elas, da forma como o encaram e constroem, e, podemos mesmo afirmar que para conhecermos verdadeiramente uma criança temos conhecer e perceber a maneira como ela brinca.
As brincadeiras das crianças vão mudando à medida que elas crescem e se desenvolvem. Primeiro, a criança brinca com o seu próprio corpo, observa e brinca com as mãos, leva o pé à boca e agita-se, posteriormente descobre os objectos e as suas potencialidades, segura nos brinquedos na mão, leva-os à boca, agita-os e atira-os ao chão, a seguir há uma combinação dos objectos num jogo relacional e rapidamente chegamos ao "faz-de-conta".
Desta forma, a criança entra no jogo simbólico, onde o imaginário e a fantasia nunca mais param de nos surpreender. Os brinquedos e objectos em geral deixam de ser usados apenas para aquilo que foram criados e passam, no imaginário da criança, a ser tudo aquilo que elas querem e precisam em cada momento. O jogo permite que a criança experimente, ao nível da fantasia, aquilo que na vida real não pode fazer.
É ainda por meio do jogo que a criança aprende a defender-se do que a angustia ou assusta, experimenta afectos, soluciona problemas. A brincadeira é a forma mais fácil e acessível que a criança tem de entrar e sair da realidade as vezes que quiser.
Certamente, todos nós temos o nosso imaginário de infância povoado de brinquedos e brincadeiras que tiveram um efeito apaziguador em momentos angustiantes, em que nos sentimos mais inseguros, perdidos ou desamparados.
Os jogos "violentos" com grande envolvimento físico, como atirar-se ao chão ou o experimentar a força com os amigos, e, mais tarde, os jogos de regras passam, também, a fazer parte integrante das brincadeiras das crianças. A partir dos 7/8 anos as crianças são capazes de criar as suas próprias regras para os jogos, de forma a que cada um tenha bem definido o seu papel. Este tipo de jogos dá à criança a possibilidade de aprender a ganhar e a perder, a regular as suas emoções e a lidar adequadamente com algumas frustrações. A criança tem nestes jogos a possibilidades para aprender competências que lhe permitam estabelecer relações de harmonia com os outros.
Por tudo isto, a brincadeira e os jogos não podem ser encarados como uma forma de passar o tempo, mas sim como algo de muito sério que permite à criança um bom crescimento físico, intelectual, emocional e social. Brincar tem duas funções, por um lado, criar oportunidades de estimular o raciocínio e, por outro, disponibilizar as regras necessárias à convivência e vida em sociedade.

Bibliografia:
http://santoinacio.apaepr.org.br/?mod=secoes&id=4621
Www.tribunadonorte.com.br/noticia.php?id=55502
Livro de Psicologia
Diciopédia 2008

Será que podemos mudar o mundo?

Por várias vezes dou por mim a pensar acerca do mundo em que vivemos! Um mundo em que a fome, a guerra, o ódio e o rancor teimam em permanecer e em tornar-se cada vez mais evidentes! Nós que nos dizemos pessoas humanas, com valores que tentamos ter sempre presentes no nosso dia-a-dia, estamos constantemente a ser invadidos por sentimentos e pensamentos que nos transformam em pessoas com características das quais dizemos que queremos distância.
Quantas vezes somos postos a prova? Quantas vezes somos confrontados com situações que enchem o nosso coração com pensamentos perversos que nos levam a tomar atitudes que consideramos pouco éticas?
Todos nós certamente dizemos muitas vezes que “há tanta fome no mundo”, que “há tantas injustiças”… mas será que nós fazemos alguma coisa para mudar isso? Tantas crianças com fome e nós a desperdiçarmos comida em nossas casas…
Isto acontece porque somos pessoas egoístas, que só pensamos no nosso bem-estar! Não seria bom pensarmos um bocadinho mais nos outros com o intuito de fazer do nosso mundo um mundo melhor? Um mundo onde em vez de guerras sem sentido nenhum haja a paz… um mundo onde em vez de egoísmo e egocentrismo haja a partilha e o amor… Nós podemos fazer alguma coisa! Tudo começa por nós…
Aconselho vivamente o visionamento do filme “Favores em cadeia”. Para quem não conhece, neste filme há uma criança com uma ideia para mudar o mundo: ela iria fazer um favor a três pessoas; esse favor não lhe podia ser retribuído. Cada uma dessas três pessoas iria fazer um favor a outras três pessoas e assim sucessivamente até chegar a todo o mundo! Resultaria? Com o esforço e disponibilidade de todos penso que sim!

Jean Piaget



Jean Piaget psicólogo e epistemólogo, nasceu a 9 de Agosto de 1896 em Neuchâtel, na Suíça e morreu a 17 de Setembro de 1980. Desde muito cedo demonstrou um grande interesse para áreas relacionadas com a história natural, sendo que aos 11 anos de idade publicou o seu primeiro trabalho – sobre a observação de um pardal albino –, que lhe conferiu o título de “menino-prodígio”.
Aos 22 anos de idade, conclui o seu doutoramento em biologia pela Universidade da sua terra natal e, desta forma, embarca para Zurich para trabalhar como psicólogo experimental numa clínica. Com a experiência adquirida desta actividade, juntamente com o facto de ter assistido às aulas que Jung leccionou, Piaget passou a conjugar a psicologia experimental (formal e sistemática) com métodos informais de psicologia como entrevistas, conversas e análises de pacientes.
O ano de 1919 foi um marco na sua vida. Após passar a colaborar no laboratório Alfred Binet, um famoso psicólogo infantil que desenvolveu testes de inteligência padronizados para crianças, Piaget notou que crianças da mesma faixa etária cometiam erros semelhantes nesses testes e concluiu que o pensamento se desenvolve gradualmente. Iniciou também seus estudos experimentais sobre a mente humana e começou a pesquisar sobre o desenvolvimento das habilidades cognitivas.
De volta à Suíça em 1921 iniciou o maior trabalho de sua vida, ao observar crianças a brincar e registando minuciosamente as palavras, acções e processos de raciocínio delas.
Em 1923, Piaget casou-se com Valentine Châtenay com quem teve 3 filhos: Jacqueline (1925), Lucienne (1927) e Laurent (1931). As teorias de Piaget foram, em grande parte, baseadas em estudos e observações de seus filhos que ele realizou ao lado de sua esposa.
Até a data de seu falecimento, Piaget fundou e dirigiu o Centro Internacional para Epistemologia Genética da Universidade de Genebra. Ao longo de sua brilhante carreira, Piaget escreveu mais de 75 livros e centenas de trabalhos científicos.
Importância para a psicologia…
Até o início do século XX assumia-se que as crianças pensavam e raciocinavam da mesma maneira que os adultos. A crença da maior parte das sociedades era a de que qualquer diferença entre os processos cognitivos entre crianças e adultos era sobretudo de grau: os adultos eram superiores mentalmente, do mesmo modo que eram fisicamente maiores, mas os processos cognitivos básicos eram os mesmos ao longo da vida.
Piaget, a partir da observação cuidadosa dos seus próprios filhos e de muitas outras crianças, concluiu que em muitas questões cruciais as crianças não pensam como os adultos por ainda lhes faltarem certas habilidades, a maneira de pensar é diferente, não somente em grau, como em classe.
Assim, Jean Piaget ficou conhecido pelo seu trabalho pioneiro no campo da inteligência infantil.
Os seus estudos tiveram um grande impacto sobre os campos da Psicologia e Pedagogia. A sua obra não fica limitada pelas fronteiras da psicologia dado que contribuiu para o desenvolvimento de outras áreas do saber como a filosofia, a sociologia, a biologia, a cibernética e a matemática. É considerado um epistemológo genético pelas investigações que leva a cabo sobre a natureza e a génese do conhecimento nos seus processos constitutivos

Fontes:
http://www.centrorefeducacional.com.br/piaget.html;
BARBOSA, Arnaldo de Miranda e; CARVALHO, Aloísio Mosca de; DURÃO, Paulo – “Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura”. Editora VERBO, volume 15, pp. 40
CASTRO, Adalmiro; Queirós, Adelaide; COUTO, Ana Maria – “Dicionário de Biografias”. Porto Editora, pp. 474

Bullying, a violência dos novos tempos?



Na minha opinião já pode ser considerada a violência dos novos tempos, regularmente ouço notícias sobre bullying nas escolas, no telejornal, jornais, rádios, etc.
Admito estar desiludida com o nosso país, pois desde o “antigamente”, só mudou o modo como é aplicada essa violência. As crianças continuam a ser maltratadas por outras, mais velhas, ou mais fortes ou até com mais autoridade que elas. Mesmo estando inseridos num meio e numa cultura diferente, a violência entre as crianças existe.
Tem-se verificado que há um grau maior violência verbal do que física. Está violência torna-se mais violenta que a física, pois vai danificar o “eu” interior, podendo ficar, esses estragos para toda a vida. A violência verbal é muito difícil identificar pelos pais das vítimas, pois não existe marcas no corpo, nem hematomas, nem feridas. Por essa mesma razão, os agressores optaram por essa violência, pois para eles, não havendo marcas e provas de que eles cometeram essa violência, então eles estão ilibados de qualquer punição possível. Estes agressores procuram sempre uma vítima inferior a eles, mais baixa, com menos idade, mas sensível, ou seja, no fundo os agressores são uns cobardes, porque não escolhem uma vítima ao seu nível. Sendo a vitima mais frágil quer física ou psicologicamente os agressores têm sempre vantagem, pois com o medo nunca os denunciarão. Este tipo de violência é mais popular porque é muito difícil de apanhar o criminoso em flagrante delito, isto é, dificilmente se apanha o agressor. E sendo crianças, não querem ter consequências nos seus actos.
É necessário estar atento ao bullying nas escolas, porque é lá que as crianças se tornam serem independentes e auto-determinados para enfrentar o seu futuro, e as vítimas de bullying ao não exporem o seu caso talvez não tenham tanto sucesso no futuro como as outras que nunca o sofreram ou eram os agressores.

Bibliografia:
· http://www.psicronos.pt/artigos/bullyingescolar.html;
· http://www.esec-danielsampaio.pt/OsmeusWebsites_Webquest/index.htm.

Na minha opinião já pode ser considerada a violência dos novos tempos, regularmente ouço notícias sobre bullying nas escolas, no telejornal, jornais, rádios, etc.
Admito estar desiludida com o nosso país, pois desde o “antigamente”, só mudou o modo como é aplicada essa violência. As crianças continuam a ser maltratadas por outras, mais velhas, ou mais fortes ou até com mais autoridade que elas. Mesmo estando inseridos num meio e numa cultura diferente, a violência entre as crianças existe.
Tem-se verificado que há um grau maior violência verbal do que física. Está violência torna-se mais violenta que a física, pois vai danificar o “eu” interior, podendo ficar, esses estragos para toda a vida. A violência verbal é muito difícil identificar pelos pais das vítimas, pois não existe marcas no corpo, nem hematomas, nem feridas. Por essa mesma razão, os agressores optaram por essa violência, pois para eles, não havendo marcas e provas de que eles cometeram essa violência, então eles estão ilibados de qualquer punição possível. Estes agressores procuram sempre uma vítima inferior a eles, mais baixa, com menos idade, mas sensível, ou seja, no fundo os agressores são uns cobardes, porque não escolhem uma vítima ao seu nível. Sendo a vitima mais frágil quer física ou psicologicamente os agressores têm sempre vantagem, pois com o medo nunca os denunciarão. Este tipo de violência é mais popular porque é muito difícil de apanhar o criminoso em flagrante delito, isto é, dificilmente se apanha o agressor. E sendo crianças, não querem ter consequências nos seus actos.
É necessário estar atento ao bullying nas escolas, porque é lá que as crianças se tornam serem independentes e auto-determinados para enfrentar o seu futuro, e as vítimas de bullying ao não exporem o seu caso talvez não tenham tanto sucesso no futuro como as outras que nunca o sofreram ou eram os agressores.

Bibliografia:
· http://www.psicronos.pt/artigos/bullyingescolar.html;
· http://www.esec-danielsampaio.pt/OsmeusWebsites_Webquest/index.htm.

Racismo

O racismo, discriminação de povos ou pessoas com base no preconceito da sua inferioridade, tem sido, ao longo dos séculos, parte integrante das mais diversas ideologias e formas de organização social. Esteve, por exemplo, na base da escravatura em muitas civilizações, como por exemplo, a perseguição conduzida por Adolf Hitler a judeus, ciganos e outros povos. Ainda hoje, os preconceitos de raça, se manifestam de formas variadas em muitas partes do mundo.
O racismo tem sido justificado de muitas maneiras: na maior parte das vezes, pela ideia de que certos povos são intelectualmente inferiores ou bárbaros (porque apresentam costumes diferentes e seguem outras religiões) ou com base em nacionalismos que vêm na sujeição ou rejeição do outro (xenofobia) a defesa do seu próprio modo de vida. No mundo ocidental, o sentimento antijudaico (caso do Holocausto nazi – 1939 a 1945) tem a particularidade de se centrar na (suposta) perversidade, e não na inferioridade, dos Judeus, a pretexto da condenação de Cristo, narrada na Bíblia, mas, para muitos autores, tudo isto são manifestações de um etnocentrismo que vê tudo à medida de uma determinada cultura, sem compreensão nem tolerância para com as culturas diferentes. Actualmente, na época actual em que vivemos foram dados importantes passos na luta contra o racismo. Os contactos entre diferentes povos e culturas intensificaram-se, com cada vez maior abertura e conhecimento de parte a parte. O século XIX assistiu à abolição da escravatura numa série de países e a luta contra a discriminação racial tem envolvido personalidades que a quem agora conseguimos reconhecer o mérito, tais como, Martin Luther King e Nelson Mandela, registando progressos significativos.
O racismo vai contra os princípios da Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948, que afirma a igualdade de todas as pessoas e, a 21 de Março comemora-se o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial.

Bibliografia:
Diciopedia 2008
Livro de Psicologia B do 12º ano (1ª Parte)

UMA "CAIXINHA DE SURPRESAS"





Talvez não seja demasiado atrevido dizer, que a televisão é nada mais, nada menos do que um dos mass media mais importantes no quotidiano das pessoas.
A televisão é cultura para uns e destruição e violência para outros, esta "caixinha mágica" constitui, por um lado, motivo de debate para os adultos, por outro, objecto de adoração para as crianças.
A televisão está cada vez mais a fazer o papel dos pais, é uma espécie de "baby sitter" electrónica que desperta a atenção da criança, acalmando a sua impaciência e irritabilidade. Mas as crianças não são todas iguais e utilizam o televisor para se divertirem e não para se instruírem. Porém, as crianças ao verem televisão interiorizam modelos de comportamento e mesmo valores que tendem a imitar. Este facto pode tornar-se perigoso pois, a criança não vê na televisão o seu próprio mundo nem mesmo uma representação real do mundo que a rodeia. Estudos internacionais revelam que os meninos da escola portuguesa são os que mais horas de televisão vêem por dia, vêem, em média, 3 horas de TV por dia e 5 horas aos sábados e domingos. Em média, as crianças dos países participantes vêem cerca de 2 horas de TV por dia e 2 horas e meia ao fim de semana. Na média dos países participantes a maioria das crianças vê televisão, entre as 17 e as 21 horas, ou seja, quando chegam a casa vindas do infantário. Ao fim de semana, pelo contrário, é sobretudo entre as 9 e as 17 horas que as crianças vêem televisão, pois não vão para o infantário e necessitam de "passar o tempo" de uma maneira divertida. Depois das 21 horas é entre as crianças portuguesas, espanholas e americanas que se encontram mais telespectadores.
As imagens recolhidas pela criança têm um papel preponderante na sua formação e nos seus comportamentos futuros. A TV é vista como possuidora de determinadas características: a novidade, a variedade, a mudança, a diversão. É também colorida, actual e estimulante. A criança vai à escola quase para cumprir o "calendário" das obrigações. Depois senta-se em frente do pequeno écran para encontrar e tentar descobrir um universo mais compatível com o seu mundo. A criança substitui a falta de criatividade e a rigidez da escola pela beleza da cor e do movimento da televisão.
A televisão já não é uma mera ocupação dos tempos livres, mas um fenómeno social que provoca mudanças fundamentais na vida dos indivíduos.
As pessoas, por vezes, por conformismo, por exemplo, não sabem fazer uma leitura adequada da informação, nem mesmo uma selecção dos programas que devem ou não ver.
O desenvolvimento económico e particularmente o tecnológico têm permitido aos media não só uma cobertura mais ampla dos públicos, mas também a satisfação de necessidades específicas incluindo as culturais.
A crítica aos programas que os mass media transmitem deixam de ter sentido pois os mass media só transmitem os programas que as pessoas querem ver.
Nas sociedades ocidentais a falta de tempo disponível das famílias para os filhos leva a que os mass media tenham um papel mais marcante como agentes de socialização fornecendo modelos de referência à criança.
Continuará a existir violência na televisão? E nos restantes media? Estará a criança sujeita a uma vida baseada na observação e imitação destes modelos que nos chegam dos mass media?


Bibliografia:

r MONTEIRO, Manuela Matos, FERREIRA, Pedro Tavares, “Ser Humano – 2ª Parte”, Psicologia B, 12º ano, Porto Editora
r Revista TV Guia (resultados estatísticos da visualização de TV nas crianças)
r http://dialogodegeracoes.wordpress.com/2008/05/19/as-criancas-e-a-televisao-o-papel-dos-pais/

Filipa Correia

Talvez não seja demasiado atrevido dizer, que a televisão é nada mais, nada menos do que um dos mass media mais importantes no quotidiano das pessoas.
A televisão é cultura para uns e destruição e violência para outros, esta "caixinha mágica" constitui, por um lado, motivo de debate para os adultos, por outro, objecto de adoração para as crianças.
A televisão está cada vez mais a fazer o papel dos pais, é uma espécie de "baby sitter" electrónica que desperta a atenção da criança, acalmando a sua impaciência e irritabilidade. Mas as crianças não são todas iguais e utilizam o televisor para se divertirem e não para se instruírem. Porém, as crianças ao verem televisão interiorizam modelos de comportamento e mesmo valores que tendem a imitar. Este facto pode tornar-se perigoso pois, a criança não vê na televisão o seu próprio mundo nem mesmo uma representação real do mundo que a rodeia. Estudos internacionais revelam que os meninos da escola portuguesa são os que mais horas de televisão vêem por dia, vêem, em média, 3 horas de TV por dia e 5 horas aos sábados e domingos. Em média, as crianças dos países participantes vêem cerca de 2 horas de TV por dia e 2 horas e meia ao fim de semana. Na média dos países participantes a maioria das crianças vê televisão, entre as 17 e as 21 horas, ou seja, quando chegam a casa vindas do infantário. Ao fim de semana, pelo contrário, é sobretudo entre as 9 e as 17 horas que as crianças vêem televisão, pois não vão para o infantário e necessitam de "passar o tempo" de uma maneira divertida. Depois das 21 horas é entre as crianças portuguesas, espanholas e americanas que se encontram mais telespectadores.
As imagens recolhidas pela criança têm um papel preponderante na sua formação e nos seus comportamentos futuros. A TV é vista como possuidora de determinadas características: a novidade, a variedade, a mudança, a diversão. É também colorida, actual e estimulante. A criança vai à escola quase para cumprir o "calendário" das obrigações. Depois senta-se em frente do pequeno écran para encontrar e tentar descobrir um universo mais compatível com o seu mundo. A criança substitui a falta de criatividade e a rigidez da escola pela beleza da cor e do movimento da televisão.
A televisão já não é uma mera ocupação dos tempos livres, mas um fenómeno social que provoca mudanças fundamentais na vida dos indivíduos.
As pessoas, por vezes, por conformismo, por exemplo, não sabem fazer uma leitura adequada da informação, nem mesmo uma selecção dos programas que devem ou não ver.
O desenvolvimento económico e particularmente o tecnológico têm permitido aos media não só uma cobertura mais ampla dos públicos, mas também a satisfação de necessidades específicas incluindo as culturais.
A crítica aos programas que os mass media transmitem deixam de ter sentido pois os mass media só transmitem os programas que as pessoas querem ver.
Nas sociedades ocidentais a falta de tempo disponível das famílias para os filhos leva a que os mass media tenham um papel mais marcante como agentes de socialização fornecendo modelos de referência à criança.
Continuará a existir violência na televisão? E nos restantes media? Estará a criança sujeita a uma vida baseada na observação e imitação destes modelos que nos chegam dos mass media?


Bibliografia:

MONTEIRO, Manuela Matos, FERREIRA, Pedro Tavares, “Ser Humano – 2ª Parte”, Psicologia B, 12º ano, Porto Editora

Revista TV Guia (resultados estatísticos da visualização de TV nas crianças) http://dialogodegeracoes.wordpress.com/2008/05/19/as-criancas-e-a-televisao-o-papel-dos-pais/

Conflito cerebral



Atento na imagem diga em voz alta as cores não o que está escrito:

Difícil não é? Pois, tal facto acontece porque o teu cérebro entra em conflito. Sim em conflito, pois o hemisfério esquerdo, responsável pela leitura, a linguagem, a articulação das palavras, bem como a atribuição de símbolos tenta realizar tais funções; por outro lado, o hemisfério direito, responsável pela associação de figuras e padrões tenta coligar apenas as cores, no entanto este não consegue devido à influência do outro hemisfério.
Por este, tal como tantos outros aspectos podemos ver que o nosso cérebro é uma “máquina” magnífica e muito complexa, com particularidades excepcionais, atrevo-me mesmo a dizer que tal como diz um velho ditado “o mar esconde muitos segredos” o nosso cérebro esconde muitos mais.

Fontes:
http://www.sorria.com.br/imagens/sor_ilusao2.jpg;
http://www.ced.ufsc.br/yoga/hemisferios.html;

A identidade em crise

Cada pessoa tem a sua própria identidade, que é diferente da de todos os outros seres humanos, por isso, dizemos que cada pessoa é única e irrepetível, ou seja, possui características próprias que a distinguem de todas as outras pessoas. Podemos também afirmar que o conceito de identidade está fundamentalmente relacionado com a história de vida de cada pessoa, com as características da sua personalidade, os seus sonhos, etc.
Deve ter-se em conta que o processo de construção de identidade é contínuo e só termina aquando à morte pois, nesse momento, deixamos de ser uma pessoa com um projecto de vida, com sonhos ou ambições. Ao longo deste processo podemos deparar-nos com situações que nos superam e termos aquilo a que se chama uma “crise de identidade”.
Certamente, todos nós, alunos do 12º ano, estamos a passar uma fase de grande pressão, porque chegamos àquele momento em que temos finalmente de tomar uma decisão acerca do curso que pretendemos seguir e da profissão que iremos ter, pois bem, esta etapa da nossa vida pode levar-nos a colocar algumas questões a nós próprios tais como “afinal quem sou eu?”, “andei tantos anos a estudar e agora não consigo encontrar um curso adequado para mim!” Estas perguntas que teimam em existir constantemente no nosso pensamento pode causar-nos uma crise de identidade. Esta situação provoca-nos uma sensação de angústia, tristeza e até mesmo de desespero.
A crise de identidade deve-se, principalmente, a dois factores: a exigência social e a insegurança pessoal. Relativamente à exigência social, podemos dizer que ela revela grande importância pois todos nós queremos ter uma profissão digna, respeitada e imprescindível para a sociedade e, sobretudo, bem remunerada pois hoje em dia não nos podemos dar ao luxo de tomar uma decisão baseada apenas no nosso desejo. Por outro lado, coloca-se a questão da insegurança pessoal pois, apesar de o dinheiro ser extremamente importante, a nossa realização pessoal também o é.
Resta apenas referir que este é apenas um dos muitos exemplos que nos podem levar a uma crise de identidade pois são inúmeros os factores que contribuem para tal. Estamos numa idade em que qualquer problema que surja é, para nós, considerado o fim do mundo!


Bibliografia:

www.coladaqeb.com/psicologia/identidade.htm

www.infopedia.pt/$identidade-(psicologia)

www.exames.org/apontamentos/Psicologia/Adolescencia2.doc

MONTEIRO, Manuela Matos, FERREIRA, Pedro Tavares, “Ser Humano – 2ª Parte”, Psicologia B, 12º ano, Porto Editora

Damásio

A concepção de Damásio: Razão e Emoção

Durante muito tempo privilegiou-se a razão em detrimento da emoção, no que respeitava ao pensamento humano. Todavia, o português António Damásio veio, sobretudo com a conhecida obra O Erro de Descartes, contrariar essa ideia, revolucionando as diferentes áreas da Psicologia e da Neurologia.
De facto, foi através dos estudos e investigações realizadas a animais e a centenas de doentes que apresentavam lesões no córtex pré-frontal, que a sua concepção de emoção e razão pôde ser construída. Segundo o neurologista e investigador, as duas complementam-se e são imprescindíveis para a autonomia e capacidade de adaptação do ser humano. A emoção é então desencadeada por um estímulo particular, originando aquilo a que este designa por “um programa de acções” (que varia de acordo com o tipo de emoção sentida) e provocando alterações fisiológicas no sujeito (as estratégias activas).
O especialista considera ainda que, no que se refere a emoções, existem também estratégias cognitivas, certos estados mentais associados ao que cada um sente num dado momento. Assim, num estado de tristeza, uma pessoa não pensa num jantar agradável, mas talvez na morte. Contudo, esta questão é bastante mais complexa, pois as emoções desencadeadas pelos vários estímulos não têm, forçosamente, o mesmo efeito em todos os indivíduos. Aquilo que é considerado um estímulo tanto pode ser uma situação, como um objecto actual, recente ou existente apenas na nossa mente. Tanto pode ser fruto da nossa aprendizagem ou estar presente nos nossos genes.
É a partir desta ideia que Damásio divide as emoções em três grandes grupos: as emoções de fundo: são vagas, como, por exemplo, o desencorajamento ou o entusiasmo; as emoções primárias: que já nascem connosco e, portanto, não são aprendidas, como a cólera; e as emoções secundárias: são as que se desenvolvem por um processo de aprendizagem social, sendo influenciadas pelo contexto sócio-cultural, em que o indivíduo se insere;
Apesar de relacionados, estes três tipos de emoções são distintos, assim se compreende o facto de, por exemplo, os bebés terem, em diferentes fases da infância, um sorriso espontâneo e um sorriso intencional.



http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=1210&op=all
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X1997000200013

Racista, eu?

Actualmente, são cada vez mais frequentes as cenas de racismo a que assistimos. Ouvimos tantas pessoas argumentarem, “eu não sou racista!”. Mas será que essas pessoas sabem verdadeiramente o que é ser racista? O racismo consiste em pensar que existem pessoas inferiores a outras, só pelo simples facto de pertencerem a uma cultura ou país diferente. Dizemos que uma pessoa é de outra raça, porque tem uma cor de pele diferente, por se vestir de maneira diferente, mas esquecemo-nos muitas vezes que essas pessoas têm os mesmos direitos que nós e não são inferiores por serem diferentes. São, apenas, diferentes!
Também podemos utilizar a palavra racismo, para descrever um comportamento abusivo, para com pessoas de uma raça que consideramos inferior.
Hoje em dia, ouvimos inúmeras vezes dizer que todas as raças e culturas são iguais mas que não se devem misturar para conseguirem manter a sua originalidade.
Podemos confundir racismo com preconceito, no entanto, existem diferenças pertinentes entre estes dois conceitos: o preconceito pode ser o simples desprezo por alguém, sem ter obrigatoriamente de influenciar de forma negativa a vida dessa pessoa; por outro lado, o racismo diz respeito a toda uma sociedade.
É importante também mencionar alguns dos problemas que o racismo pode causar a nível psicológico. Certamente, todos nós ficamos um pouco perturbados quando somos alvo de chacota por qualquer motivo, por isso, imaginemos qual será a sensação de sermos alvo de atitudes racistas. Isso pode levar à rejeição das origens da pessoa, dos seus costumes, da sua cultura para assim ser aceite entre as ditas maiorias.
Por isso, cabe a cada um de nós ter um pouco mais de consciência e pensar na sensação horrível que se deve ter numa situação destas! E como diz o ditado popular: “não façamos aos outros aquilo que não queremos que nos façam a nós”!


Bibliografia

http://www.minerva.uevora.pt/publicar/racismo/racista-eu.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Racismo

Canhotos ou destros?

Desde muito cedo se notou que existe uma predisposição natural para a utilização preferencial da mão direita. Tal aspecto é verificável com a observação, por exemplo dos desenhos pictóricos da nossa pré-história em que quase exclusivamente era desenhada a mão esquerda o que evidencia o uso da direita, para tal tarefa.
A verdade é que cerca de 90% da população é de facto destra, facto que nos pode induzir em erro face à questão de que os canhotos é que têm uma deficiência, contudo não é bem assim. Pois apesar de se evidenciarem algumas diferenças estas são, sobretudo, de carácter físico, manifestando-se na execução diferente de tarefas. Apenas parte dos canhotos é que apresentam algumas diferenças em termos mais concretos como o apresentarem as funções dos lobos invertidas.
Tais aspectos conduziram ao aparecimento da ideia de que ser canhoto ou destro não é uma questão de hereditariedade sendo que já está implícita no nosso ADN. Dá-se mais prevalência à ideia de que existe uma pequena tendência parcialmente determinada pela genética, mas que é no contexto da sociedade que se dá uma afirmação, ou não, dessa tendência prevalecendo, assim, o pensamento da coexistência do aspecto inato (hereditário) e adquirido (construído em contexto de socialização).
Considero que tal como afirma José Reis as pessoas “tornam-se destras num mundo de destros!”.

Fontes:
http://www2.uol.com.br/JC/_1999/2006/br2006c.htm;
http://universocanhoto.wordpress.com/2007/09/23/o-cerebro-destros-e-canhotos/;
http://www.cerebromente.org.br/n15/mente/lateralidade.html;

Watson: experiências e críticas



Como já vimos, John Watson foi, simultaneamente, um psicólogo e investigador norte-americano que, graças às suas descobertas, ficou conhecido como o “pai da Psicologia”. Procurando estudar o comportamento através daquilo que era observável, debruçou-se sobre o estudo do efeito dos diferentes estímulos do meio nas respostas dos vários indivíduos.
Para levar a cabo as suas teorias, efectuou então várias experiências com animais e seres humanos. Eis algumas das mais conhecidas:

- Experiências com bebés:

Segundo uma experiência realizada com bebés, a resposta que se obteria deles perante diferentes estímulos (sons fortes, obstáculos ao movimento corporal e cócegas e carícias) seria a demonstração de medo, ira e amor, respectivamente.

- A eliminação de medos:

Para extinguir o medo de uma criança em relação a alguma coisa (neste caso animais), Watson considerou o seguinte quadro:

ESTÍMULO DO MEDO
ESTÍMULO INVERSO
RESPOSTA
Animais que causavam medo a crianças
Situações que não causavam medo a crianças
Recondicionamento após várias tentativas, aproximando os animais gradualmente

A experiência consistia em estimular a criança, depois de ter visionado o que lhe infligia medo, num sentido contrário, apresentando-lhe uma situação que ela não visse como ameaçadora. Em seguida, fazer-se-ia uma aproximação gradual da criança ao animal que lhe causava medo, de forma a ser diluído o receio existente em relação a ele.


- A “fábrica de medos”:

Há ainda uma outra experiência, realizada por John Watson, juntamente com Rosalie Rayner, a sua esposa, cujo objectivo era evidenciar o modo como ocorre a aprendizagem, no caso do medo. No início da experiência, uma criança de 11 meses, perfeitamente normal, é posta a brincar com um coelho branco. Em seguida, é-lhe apresentado um rato branco e ela brinca novamente com o animal. Entretanto, os experimentadores que conduzem a experiência fazem soar um ruído muito forte e intimidante, fazendo-a associar o aparecimento do rato ao som, provocando-lhe medo e choro. Quando lhe apresentaram novamente o rato, a reacção de Albert (a criança) foi chorar, e o mesmo se passou com o coelho branco e com um homem com barbas brancas, percebendo-se que tinha desenvolvido medo a tudo o que fosse branco. Concluiu-se então, que os seres humanos são resultado das aprendizagens condicionados pelo meio, como já referimos.


Críticas:

Apesar de em muitos aspectos a teoria behaviorista de Watson estar correcta, levantaram-se, ao longo do tempo, algumas críticas pertinentes, sobretudo no que diz respeito ao pouco ênfase que atribuiu aos factores biológicos na formação dos comportamentos. No entanto, muitas das críticas que se têm tecido sobre a sua teoria behaviorista são erradas e têm apenas em conta o que já se descobriu sobre o comportamento humano e não o que apenas se sabia nos inícios do século XX. Vou então abordar as teses de alguns autores que criticam o comportamentalismo e que considero serem as mais relevantes...

- O comportamento não é influenciado somente por estímulos, também a história da aprendizagem e até a representação do meio do sujeito são importantes. Podemos, por exemplo, estimular muito uma criança para que revele o culpado de algum acontecimento, contudo ela pode simplesmente não estar interessada em revelar essa identidade. Assim como o facto de existirem pessoas que não comem determinados pratos, apesar dos estímulos externos, porque elas não o encaram como um estímulo para si próprias;

- As nossas acções não têm forçosamente de estar associadas a um estímulo. Por vezes, os indivíduos podem comportar-se de uma dada forma (como, por exemplo, se estivesse a sentir cócegas), sem, de facto, estar a sentir algo. Há certas propriedades da nossa mente, como a dor, em que é inviável descrevê-las em termos comportamentais;

- A corrente behaviorista não explica a ocorrência de determinados fenómenos: “Eu não bebo água quando a vejo, apenas quando tenho sede.”. Com isto, vários enigmas do comportamento humano ficavam por esclarecer. De acordo com o que é defendido por muitos autores, é com esta questão que se prende a necessidade de estudar de um modo rigoroso os processos mentais que se estabelecem em cada pessoa. Desta forma, o estudo dos comportamentos ligar-se-ia também às predisposições, ou seja, às atitudes, segundo a personalidade dos indivíduos;

- Noam Chomsky foi um dos grandes críticos da corrente behaviorista. Segundo ele, a concepção de comportamento criada por Watson não era capaz de explicar os mistérios relacionados com a fala, sobretudo no modo como se processava a aquisição de competências linguísticas nas crianças. Para Chomsky, o indivíduo tinha de seleccionar um número infinito de frases e escolher aquela que se adequava à questão que lhe era lançada. Essa capacidade não era então conseguida se seguíssemos o condutismo, perante o reforço incessante de cada um das frases. Noam considerou que o poder de comunicação dos seres humanos seria a consequência da existência de “ferramentas cognitivas gramaticais inatas”;

- Piaget foi outro autor que se desmarcou da teoria de Watson. Perante situações idênticas (S), diferentes indivíduos – educados no mesmo meio – têm reacções diferentes (R). Por exemplo, quando várias pessoas presenciam um acidente de viação, não agem todas da mesma forma. Umas correm para o local e chamam a ambulância, enquanto que outras, muito provavelmente entram em pânico ou fogem. Perante esta realidade, Piaget propôs uma interpretação mais alargada do comportamento, defendendo que este é, nada mais, nada menos, que uma manifestação de um personalidade (P), perante um acontecimento específico (S).

Evolução do conceito de comportamento...

O comportamento está dependente da interacção entre a situação (S) e a personalidade do sujeito (P), aquilo que o caracteriza e que por várias razões o tornam único e independente. O Homem é produto de um processo complexo entre os factores interiores e exteriores a si, dispondo de um grande capacidade de se moldar e de se adaptar ao meio que o rodeia. A personalidade constrói-se de acordo com as características herdadas e aquelas que vai adquirindo nas experiências que testemunha e vivência.


Concluindo...

Apesar de se cingir, nos seus estudos, ao comportamento observável e à experimentação, as teorias de Watson permitiram uma dinamização da Psicologia, enquanto ciência que tem por base o estudo do Homem e o seu comportamento. Rompendo com as concepções dominantes da sua época (sendo alvo de muitas críticas e até de um certo “desacreditar”), este psicólogo defendeu uma visão nova acerca do comportamento, explorando ao máximo as suas vertentes. Através do estudo do estímulo e da resposta (E e R), distanciou-se dos métodos mais complexos como o da introspecção. Assim, criando uma nova corrente da Psicologia – o Behaviorismo –, novas informações e ilações puderam ser compreendidas, no diz respeito ao modo como todos nós agimos, atribuindo grande importância ao meio envolvente e à prevalência dos aspectos aprendidos em sociedade, em relação aos que fazem parte do nosso ser, com os quais nascemos.
É certo que a atribuição de tão pouca importância à hereditariedade e, desta feita, aos factores biológicos, foi um dos aspectos menos correctos da sua teoria, facto esse que se constata, mais tarde, com a teoria de Damásio. Porém, tendo em conta a época histórica e as condições de que John Watson dispunha para levar adiante os seus estudos, facilmente percebemos que a sua carreira foi efectivamente marcante e revolucionária, o seu papel na área de que temos vindo a falar foi, sem dúvida, indiscutível.


Fonte:

http://wapedia.mobi/pt/Behaviorismo?t=3.
http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/psicologia/psicologia_trabalhos/teoria_desenv.htm
http://penta.ufrgs.br/~jairo/1watson1.htm
http://www.educacao.te.pt/jovem/index.jsp?p=117&idArtigo=4423

- MONTEIRO, Manuela Matos e OUTROS, Ser Humano – 12ºano Psicologia B, Porto Editora, 2007.

Hospitalismo

O hospitalismo é o conjunto de perturbações que o bebé pode sofrer devido a carências maternas. Na ausência da mãe, as reacções da separação, podem provocar uma depressão, devido à falta da figura materna.
Quando crianças de idades muito precoces são sujeitas a uma privação de contacto com os seus entes mais próximos, seja em situação de um abandono materno ou a uma temporada passada num hospital, vão sofrer de problemas tanto físicos como psicológicos que podem afectar o seu desenvolvimento normal, tais como, o atraso no desenvolvimento corporal, insónias, queda de peso, alteração do seu estado geral, incapacidade de adaptação ao meio, fragilidade e menor imunidade a doenças infecciosas.
Nos casos de total carência afectiva, ligada à falta de qualquer vínculo maternal, os distúrbios podem levar à morte.
A doença é sentida como um castigo, como uma falta cometida por algum acto, que lhe cria culpabilidade, e da qual agora está a sofrer as consequências. A criança sente que está a ser punida por alguma falta que cometeu.
O que está em jogo do ponto de vista psicológico é a perda de identidade do ser, já que a criança não usufrui da presença da figura materna, nestes casos, nas suas relações faltou o rosto do outro, porque este está ausente e consequentemente as crianças entram numa grande depressão, não têm um sentimento de continuidade e estabilidade nas relações com o outro, pelo contrário, o que vivenciam é uma separação, uma distorção da realidade que conheciam e uma descontinuidade nos cuidados prestados pelos pais. A separação da família e do seu lar é uma experiência dolorosa para o bebé e a que este não está habituado.
Os estudos efectuados por René Spitz levaram a que, em 1945, houvesse uma primeira reforma das condições de hospitalização de crianças pequenas e, a que em 1950 a Organização mundial de saúde passasse a incluir nas suas orientações um documento de nome “Cuidados maternos e saúde mental”, onde se afirma: “...ficar claramente demonstrado que os cuidados maternos no decurso da primeira infância desempenham um papel essencial no desenvolvimento harmonioso da saúde mental”

Bibliografia:
Livro de Psicologia B do 12º ano (1ª Parte)
http://www.scribd.com/doc/2437175/Desenvolvimento-na-primeira-infancia-Perspectiva-de-Rene-Spitz
http://216.239.59.104/search?q=cache:_9BPJ5vPoXQJ:www.espanto.info/psi/pa/FD2.pdf+hospitalismo+de+Spitz&hl=pt-PT&ct=clnk&cd=5&gl=pt&client=firefox-a
Diciopédia 2008

Violência conjugal

A violência conjugal é uma das vertentes que a violência doméstica alberga. Este é um tema que, nos tempos que decorrem, tem flutuado imenso no ínfimo oceano de problemas da sociedade!
Hoje em dia, em cada clique no comando da televisão, em cada leitura pelos jornais ou revistas acedemos a um manancial de notícias sobre a violência, que inunda e transborda, nas relações conjugais, sendo ela tanto a nível físico, como as agressões físicas, psicológico, como agressões verbais, como a nível socioeconómico, isto quando a violência envolve o controlo da vida social da vítima ou das suas economias.
Agressão é um comportamento violento que, efectivamente, visa causar danos físicos ou psicológicos a um alvo e reflecte a intenção de o destruir. Centrando a nossa atenção na agressividade que submerge nas relações interpessoais dos casais é possível identificar as suas características específicas. A agressão conjugal é hostil, directa e aberta, uma vez que o agressor concretiza os comportamentos agressivos abertamente, de forma explícita, e sempre com o intuito de causar danos ao outro, independentemente de qualquer vantagem que possa obter. Estes actos são geralmente impulsivos e influenciados pelas emoções.
As questões que se levantam são, exactamente, quais as emoções que levam os homens a agredirem as suas esposas? Pessoas por quem já estiveram apaixonados, onde está o amor que os uniu? Quais os motivos para agirem desta forma? Entre estas muitas mais surgem, no entanto há uma que não passa em claro, inquieta o ser humano. Qual a origem de toda esta agressividade que a determinado momento “nasce, não morre e mata”?
Existem alguns autores que formulam teorias sobre a origem da agressividade, e entre elas o maior balanço faz-se entre as que defendem que a agressão é um comportamento inato e as que defendem que é um comportamento aprendido.
Na minha opinião nenhuma das concepções estipuladas, por si só, explica a verdadeira razão de alguém ser agressivo. O Homem é um ser complexo e a sua existência é produto do intercâmbio de múltiplos factores internos e externos, na verdade, existem estruturas no ser humano que se relacionam com a agressividade (como processos fisiológicos, o sistema nervoso simpático…). Contudo, tal não significa que o ser humano esteja programado para ser agressivo pois tal como a sua flexibilidade e plasticidade lhe permite escapar a programas fechados e deterministas, também lhe permite moldar os factores relacionados com a agressividade. Todavia, isto não é suficiente.
O homem é um ser social, e como tal há que ter em conta a influência que o meio exerce sobre ele, daí não se colocar de parte a interferência que o contexto social executa na moldagem das componentes biológicas da agressão. Nos seres humanos, a sua manifestação e expressão estão muito dependentes de factores relacionados com o contexto social, com a aprendizagem, com as experiências pessoais… A influência do meio externo é tão forte que faz com as formas de expressão da agressão sejam estimuladas ou inibidas, sendo a partir disto que se extrai a explicação das diferenças na sua expressão em diferentes épocas, entre diferentes culturas e entre diferentes pessoas da mesma cultura.
No entanto, Homem não deve ceder e aceitar passivamente aquilo que a sociedade lhe impõe, tem que moldar todas as suas regras e normas mediante os seus valores e ideais. A pressão da sociedade não pode ser usada como uma razão plausível e incontornável de sermos agressivos. Pois se somos flexíveis, inteligentes e plásticos para umas coisas também o somos para outras.
Há ainda mais alguns factores que induzem à agressão. Não é estranho ouvir que as pessoas alcoólicas tendem a ser mais agressivas, de facto, o álcool altera o equilíbrio emocional de um indivíduo e por consequência desencadeia actos mais irreflectidos e agressivos. Outros factores que também são referidos como causadores de tais comportamentos são os ciúmes e a desconfiança, muitos conflitos conjugais são gerados através destes sentimentos que, na maioria das vezes, não têm fundamento algum.
A violência que sobrevoa o interior de muitas casas é assombrada pela agressão, pelo medo, pela tristeza, pela desilusão. Ela começa sempre com uma ligeira alteração do tom de voz, que com o passar do tempo vai aumentando, aumentando até que chega aos gritos. Depois disto vem o primeiro estalo, o primeiro empurrão, o primeiro pontapé até que chega ao culminar de todas as formas possíveis de agressão num só momento, numa só situação que se repete dia após dia até à morte, processo escondido pelo silêncio de uma vida em desgraça.
O pior é que muitas vezes os danos não se ficam só pela vítima de agressão, existem muitas mais atingidas pelos danos colaterais de todo este ambiente incrédulo. Os filhos, a família, os amigos destes casais em conflitos também são atingidos, sofrem com eles as suas tristezas e angustias, sofrem sozinhos com os porquês de tudo isto estar a acontecer, ficam com marcas que invadem um grande espaço na história pessoal de cada um.
O importante é sermos fortes, não deixarmos que o medo nos possua e nos impeça de viver, é preciso agir e lutar contra tudo que coloque em causa o nosso equilíbrio interior, a nossa paz emocional, a vida é muito para ser insignificante! Não pudemos deixar que nos destruam aquilo que temos de mais precioso, a nossa passagem pelo mundo!

Bibliografia:
http://crystalidades.blogspot.com/2008/01/violncia-domstica.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Viol%C3%AAncia_dom%C3%A9stica
http://www.dgsaude.pt/upload/membro.id/ficheiros/i006141.pdf
http://dn.sapo.pt/2007/03/29/sociedade/violencia_domestica_aumentou_30_2006.html
http://www.educare.pt/educare/Opiniao.Artigo.aspx?contentid=4AFFCB468EA53CA8E04400144F16FAAE&opsel=2&channelid=0
MONTEIRO Manuela Matos, FERREIRA Pedro Tavares, 1ª parte Psicologia B 12º ano, Porto Editora
MONTEIRO Manuela Matos, FERREIRA Pedro Tavares, 2ª parte Psicologia B 12º ano, Porto Editora
ABRUNHOSA Maria Antónia, LEITÃO Miguel, Psicologia B 12º ano, Edições ASA

Porque mentimos?

Porque mentimos?
Todos os seres humanos saudáveis mentem, uns mais outros menos, mas todos mentimos. É já da natureza humana mentir, desde pequeninos mentimos. Claro que há vários tipos de mentira, varias formas de mentir e intensidades diferentes. Em todas as culturas se mente, todas as pessoas desde as mais novas às mais velhas, dos dotados de um QI elevadíssimo aos que o seu QI não é muito gracioso, de vários níveis sociais, etc.
Contudo numa cultura em que a mentira é incorrecta, é errado mentir, mas muita gente mente. Mas há vários tipos de mentira desde a chamada mentira piedosa, a mentira que pode levar uma punição maior, como a prisão. Podemos mentir por necessidade, piedade, amor, maldade, uns inúmeros motivos que poderiam ser plausíveis de uma mentira. Mas temos sempre consciência que esta errado.
Há mentiras “politicamente” correctas e outras não. Por exemplo, mentir para que uma pessoa não sofra tanto, ou porque é uma coisa sem importância é politicamente correcto, mas o mais certo a fazer seria contar a verdade, isto é, é aceite na sociedade onde está inserido (como na sociedade portuguesa) mas não correcto. Mas se mentir para ocultar um crime, isso já é punível, e com pena de prisão.
No entanto, a mentira também pode ser uma doença, como no caso das pessoas que padecem de mitomania, que inventam historia sobre elas, ou até sobre as pessoas mais próximas. Esta doença é muito complicada, pois torna-se muito difícil, a sociedade conviver com essa pessoa, têm sempre a desconfiança de que ela não esta a dizer e verdade, pois tem mais facilidade em mentir.
Posso concluir assim que todos nós temos uma tendência natural para mentir, uns mais que outros, mas conseguimos controlar as nossas mentiras, e evitar que elas prejudiquem a nossa interacção com o mundo e a nossa adaptação ao meio.

Bibliografia:
· http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitomania;
· MONTEIRO, Manuela Matos e FEREIRRA, Pedro Tavares, Ser Humano, 2ªParte - Psicologia B 12ºAno, Porto Editora.

Damásio: razão e emoção



Quem é António Damásio e o que desenvolveu?

António Rosa Damásio nasceu na cidade de Lisboa, a 25 de Janeiro de 1944. Interessado pela Psicologia e pela Medicina, licenciou-se e fez o doutoramento em Neurologia, na universidade onde nasceu. A partir daqui, desenvolveu diversas pesquisas no Centro de Estudos Egas Moniz.
É precisamente o estudo do comportamento das pessoas com lesões cerebrais, que o levam a reflectir sobre esta questão, colocando inovadoras hipóteses acerca desta temática. Com estas descobertas, Damásio revela um amor incondicional pelo estudo da mente e entra no território das emoções, explicando-as cientificamente. Apresentando um grande rigor, demonstra ainda uma inesgotável persistência, uma lucidez inabalável e uma imaginação que lhe permite ir mais além. É, assim, autor de obras de renome como O Erro de Decartes (1994) e O Sentimento de Si (1999).
Foi António Damásio que desenvolveu o conceito de razão e emoção. Para ele, a razão é o nosso lado racional, é o que nos distingue, enquanto seres humanos, dos restantes animais. Ao contrário deles, não agimos habitualmente movidos pelos instintos, apesar de, como já vimos, por vezes nos guiarmos pelas emoções. É a capacidade de raciocínio que cada um de nós dispõe (falando-se de seres humanos mentalmente saudáveis) e que nos permite ser tão complexos, inventivos e com o dom da construção. Já a emoção é um estado momentâneo em que o nosso organismo é estimulado por um motivo específico (que pode ser objecto de resultados diferentes de pessoa para pessoa), estando presentes, juntamente com ela, reacções biológicas. Existem diferentes tipos de emoções, sendo que muitas delas podem ser aprendidas em sociedade: medo, vergonha, alegria, tristeza, cólera, entre outras. Por vezes, a intensidade das emoções leva-nos a agir de acordo com a aquilo que estamos a sentir, de acordo com a nossa interpretação dessas mesmas emoções, daí a agirmos erradamente e de “cabeça quente”. No entanto, elas são fundamentais para fazermos uma avaliação cognitiva de tudo o que nos rodeia.

Bibliografia:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X1997000200013

http://www.ipv.pt/millenium/ect2_mjf.htm

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=1210&op=all

http://www.webboom.pt/autordestaque.asp?ent_id=1111241&area=01


Como investigava Bruner?


Bruner tentou perceber o modo como se desenvolvem as competências cognitivas nas crianças, interessando-se assim, pela maneira como se desdobra o processo de ensino/aprendizagem. Segundo ele, a aprendizagem deve ser: estruturada; sequencial; motivada, entre outros.
Para fazer este estudo e tirar estas conclusões, utilizou um método dito socrático.
Mas afinal o que e isto do método socrático?
Bem, o método socrático consiste em fazer perguntas, de modo a obter opiniões do interlocutor sendo que aparentemente as aceita; depois, por meio de um interrogatório hábil, desenvolve as opiniões originais da pessoa, testando os erros e os absurdos das opiniões superficiais e apurar as suas opiniões originais e correctas, bem como o conduz a confessar o seu erro ou a sua incapacidade para alcançar uma conclusão satisfatória. Seguidamente, continuando a sua argumentação e partindo da opinião primitiva do interlocutor faz crescer aquilo que ele designa por: arte de fazer nascer ideias.
Segundo Sócrates, “ele nada ensinava, apenas ajudava as pessoas a tirarem de si mesmas opiniões próprias e limpas de falsos valores, pois o verdadeiro conhecimento tem de vir de dentro, de acordo com a consciência.”
Deste modo, o processo de aprender é um processo interno, e tanto mais eficaz quanto maior for o interesse de aprender.
“Só o conhecimento que vem de dentro é capaz de revelar o verdadeiro saber”.
Concluindo, podemos dizer que Bruner não limita a descoberta a apenas ao encontro de coisas novas, mas preferencialmente, inclui nesta estratégia todas as formas de procura de conhecimentos pelo próprio aluno.

Saudade

O que nos leva a sentir a saudade?

Saudades….é sentir a falta de alguém? É sempre pensar com ternura e carinho naquilo que essa pessoa passou connosco ou aquilo que nos fazia. Confundir saudade com melancolia é um erro. É na melancolia que está a tristeza de momentos passados, pensar em situações passadas sem um sorriso na boca. É por isso que a saudade é boa de sentir, é graças a ela que sabemos que gostamos das pessoas, que nos fazem falta no nosso dia-a-dia, na conquista de sonhos e na superação de obstáculos. É nestas circunstâncias que sentimos a verdadeira saudade, não só porque a pessoa não esta ao nosso lado, pela ausência que nos causa na nossa vida, pelo vazio que fica em nós. Quando sentimos saudades ansiamos o momento em que vamos estar com essa pessoa, estar outra vez ao pé de nós, sentir a sua presença.
Normalmente quando sentimos a saudade é porque gostamos da pessoa em questão. Mas há vários tipos de “gostar”, isto é, sentimos saudades dos nossos colegas, mas sentimos ainda mais saudade da pessoa que amamos. Gostamos dos nossos colegas na mesma, mas a intensidade do amor é muito diferente. Pois apesar de os nossos amigos estarem presentes em alguns momentos da nossa vida, a pessoa com que amamos, está ou tenta estar sempre ao nosso lado, para nos ajudar a superar esses obstáculos que aparecem.
É tão difícil dizer o motivo porque temos saudade quanto explicar o que é o amor, pois para enumerar os motivos teria de saber explicar o que é o amor. Na minha opinião é impossível explicar o amor na sua essência, pois é um sentimento, podia dizer alterações físicas, mas não seria correcta a resposta. Também poderia dizer alegria, felicidade, mas às vezes até ganhar um jogo me traz felicidade, logo também não estaria correcta. Por isso deixo no ar, para quem quiseres e conseguir definir, o que é amor e quais são os motivos que levam a saudade?

Bibliografia:
· MONTEIRO, Manuela Matos e FEREIRRA, Pedro Tavares, Ser Humano, 2ªParte - Psicologia B 12ºAno, Porto Editora;

Teoria comportamental de Watson


Seria imperdoável iniciar o estudo desta teoria sem uma breve citação do psicólogo em causa, que nos elucida sobre a base da sua teoria:

“Dêem-me uma dúzia de crianças sadias, bem constituídas e a espécie do mundo que preciso para as educar, e eu garanto que, tomando qualquer uma delas ao acaso, prepará-la-ei para se tornar num especialista que eu seleccione: um médico, um comerciante, um advogado e sim, até um pedinte ou ladrão, independentemente dos seus talentos, inclinações, tendências, aptidões, assim como da profissão e da raça dos seus ancestrais”.

WATSON, J., Behaviorism, Norton, 1925, p. 85

A partir desta citação é visível a intenção de Jonh Watson, pai da Psicologia científica. De facto, este psicólogo pretendia transformar a Psicologia numa ciência aplicável não só aos animais, mas também aos seres humanos, pois considerava que todas as espécies tinham evoluído, por selecção natural, partindo de uma origem comum, à semelhança do que defendia Darwin. Segundo ele, não faria qualquer sentido a divisão entre a psicologia humana e a psicologia animal, dado que existia uma continuidade entre ambos. Assim, este ramo da neurociência cingir-se-ia ao mero estudo dos comportamentos observáveis (behaviorismo), directa ou indirectamente, constituindo-se uma ciência autónoma, objectiva e, sobretudo, experimental. Deste modo, podiam ser medidas as respostas, seguindo um determinado método experimental, obtendo-se um grau de objectividade superior ao método introspectivo, ou seja, através de várias experiências conseguiria adquirir um conhecimento mais alargado acerca do comportamento humano do que utilizando, por exemplo, o método da psicanálise de Freud. Cabia à Psicologia observar, quantificar, descrever o comportamento enquanto relação causa/efeito, mas nunca interpretá-lo.
De acordo com a teoria de Watson, estes comportamentos constituiriam então a resposta de um indivíduo a um determinado estímulo, sendo este último representado por um E (objectos exteriores) e a resposta por um R (reacções físicas). A um conjunto de estímulos designava-se por S (situação). Watson estabelece, portanto, relações múltiplas entre estímulo e resposta.
Por estímulo entende-se o conjunto de excitações que agem sobre um indivíduo de forma a ser provocada uma resposta. É claro que todo o estímulo tem um limiar e um limite, por exemplo: o nosso organismo não reage a ultra-sons, apenas a sons dentro da gama de frequências apropriadas ao ser humano. Podemos ainda subdividir os estímulos em duas sub-categorias: os estímulos provenientes do meio interno (movimentos dos músculos, secreções das glândulas, ou seja, as nossas alterações corporais) e estímulos provenientes do meio externo (raios luminosos, ondas sonoras, vento, etc.).
Quanto às respostas, podemos dizer que são tudo o que um indivíduo faz, desde o simples acto de estremecer devido a um barulho, à complexa construção de um arranha-céus. É o conjunto de reacções concretas e observáveis no indivíduo, que derivam da relação complexa entre diferentes estímulos provenientes do meio físico em que está inserido o sujeito, dando-se em função da situação. Seria possível então ao psicólogo, através do estímulo, prever o comportamento que lhe estaria associado.
Neste contexto, os comportamentos são nada mais, nada menos, que aprendizagens condicionadas pelo ambiente à sua volta. São respostas que podem ser explícitas (directamente observáveis) e/ou implícitas (não observáveis pelos outros).
Esclarecidos estes conceitos, empreende-se que a base do behaviorismo no qual Watson se apoiou, seja a de que um mesmo estímulo – ou estímulo semelhante – provoque sempre a mesma reacção, a mesma resposta nessa pessoa ou animal. A mesma causa conduz sempre ao mesmo efeito, pelo que não só seria possível prever os comportamentos, mas igualmente controlar a sua produção, condicioná-los. É a partir dos comportamentos mais simples e mais elementares – e, portanto, comuns tanto a ser humanos como a animais –, que se compreendem os comportamentos mais complexos, sendo possível tirar conclusões explícitas a partir do desenvolvimento de pesquisas em animais.
A hereditariedade é, assim, posta de lado, valorizando-se unicamente a influência do meio, do contexto social, ou seja, a educação. O indivíduo é passivo no processo de conhecimento e desenvolvimento. Ao estudar aquilo que é meramente observável, o estudo dos processos cognitivos torna-se deveras limitado. Ele chega mesmo a afirmar que “O homem não nasce, constrói-se”.
Em conclusão, a sua teoria baseia-se em quatro aspectos fundamentais, que funcionam como uma espécie de síntese e que passamos a citar:

Ø O comportamento é composto por respostas e pode ser analisado em cada detalhe da sua constituição, a partir dos estímulos que lhe são adjacentes;
Ø O comportamento é constituído por alterações do nosso corpo (secreções glandulares, etc.) cingindo-se a processos físico-químicos;
Ø Para todo e qualquer estímulo, existe sempre uma reposta, que será semelhante em indivíduos inserido no mesmo meio;
Ø É a partir de comportamentos mais simples que se conseguirá entender os mais complexos;

Assim, Watson afirma, em Psychology As The Behaviorist Views It: “Creio ser possível criar uma psicologia (…) jamais usando os termos da consciência, estados mentais, mente, conteúdo, verificável por introspecção, imagens e outros afins (…). A definição pode ser feita em termos de estímulo e resposta, formação de hábitos, integração de hábitos e outros”.



Fontes:
MONTEIRO, Manuela Matos e OUTROS, Ser Humano – 12ºano Psicologia B, Porto Editora, 2007.
http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/psicologia/psicologia_trabalhos/teoria_desenv.htm http://wapedia.mobi/pt/Behaviorismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comportamento



Confiar nos sentidos?




Pois é esta é uma das imagens que demonstra que, de facto, não devemos confiar em tudo o que os sentidos nos mostram, pois estes podem-nos induzir em erro.
Como todos nós sabemos é através dos processos cognitivos como a percepção, aprendizagem e a memória que tomamos conta da realidade que nos rodeia.
Sendo a percepção o processo através do qual contactamos o mundo utilizando os sentidos, é o visual que mobilizamos ao observar as imagens, no entanto é errado afirmar que a percepção se resume apenas à utilização dos sentidos para visualizar o que nos rodeia. Ela vai muito para além disso, envolve também uma interpretação do que é recebido pelos órgãos sensoriais. Assim a percepção implica a atribuição de sentidos que remetem para as nossas experiências (a nossa já tão conhecida história pessoal).
Deste modo, quando observas-te a imagem apresentada associaste quase de imediato a uma situação real e comum de uma pessoa na piscina a desfrutar de um belo banho, contudo foi uma dedução um pouco falaciosa, na medida em que esta retrata apenas uma anamorfose, espécie de pintura que tenta dar a ideia de tridimensional, daí teres interpretado de outra forma. Quero com isto dizer que os nossos sentidos são passíveis de serem “enganados” e, portanto, temos de ter sempre bastante cuidado nas interpretações que fazemos.
Com este exemplo como tantos outros, será que devemos acreditar totalmente nos nossos sentidos?

Fontes:
http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://www.naoestafacil.com/media/desenho13.jpg&imgrefurl=http://www.naoestafacil.com/index.php%3Ftitle%3Ddesenhador_de_passeios%26more%3D1%26c%3D1%26tb%3D1%26pb%3D1&h=425&w=658&sz=77&hl=pt-PT&start=34&um=1&tbnid=KiREVhKAyuW3FM:&tbnh=89&tbnw=138&prev=/images%3Fq%3Danamorfose%2Bde%2BJulian%2BBeever%2B%26start%3D20%26ndsp%3D20%26um%3D1%26hl%3Dpt-PT%26sa%3DN

MONTEIRO, Manuela Matos, FERREIRA, Pedro Tavares; “Ser Humano – 2.ª parte”, Psicologia B 12.º ano, Porto Editora