terça-feira, 10 de março de 2009

Vive atrás de uma máscara?



Há um intervalo cada vez maior entre aquilo que somos e aquilo que mostramos ao mundo. Estamos a trair-nos ou simplesmente a sobreviver?
Todos nós, em maior ou menor grau, somos diferentes conforme a pessoa com quem estamos, mas até que ponto é que nos traímos na necessidade de nos protegermos dos outros? Escondemo-nos por medo, por defesa, por integração? Por que achamos que a outra pessoa não aguenta o peso da nossa personalidade, com todos os seus defeitos? É o medo da rejeição que está na base?
Podemos ver as máscaras em termos de rejeição, mas eu vejo-as mais como uma arma para melhorar a aceitação do outro. Eu preciso que me aceitem para me sentir bem.
Então, e se fosse ao contrário? Se disséssemos e fizéssemos tudo o que queríamos, se fôssemos permanentemente iguais a nós próprios, seríamos mais libertas? Ao contrário: as pessoas muito rígidas, que se comportam da mesma maneira com toda a gente, essas são as mais aflitas. É tão angustiante a avaliação que os outros possam fazer, que funcionam como se a opinião deles não lhes fosse necessária. E isso também é uma máscara. As que se gabam de ‘dizer tudo’ nunca dizem tudo. O que estão a dizer é que têm consciência de que são despropositadas muitas vezes. Porque depois, quando lhes é conveniente, que bem que elas escondem!
É normal querer agradar aos outros. O problema só acontece quando agradar aos outros implica sacrificar os nossos sentimentos mais profundos.

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