quarta-feira, 18 de março de 2009

O poder da sociedade na forma como encaramos a diferença



Parte do que somos agimos e pensamos deve-se em grande parte a todo um conjunto de ideias e conceitos que recebemos da sociedade e que com os quais interpretamos o mundo que nos rodeia. Experimentemos. Experimentemos viver um único dia da nossa vida pondo de parte tudo aquilo que a sociedade nos “empurra”.
Procurando ganhar coragem para enfrentar a realidade, veremos que nem tudo o que os outros nos dizem é verdadeiro e isso levará a um maior peso na consciência. Teremos a plena noção do que é o mundo na íntegra e cairemos na razão. Tudo começa na criação e organização de esquemas mentais produzidos a partir dos diversos elementos que observamos. Simplificando-os, procuramos generalizá-los e categorizá-los consoante os elementos de que dispomos. Tal procedimento torna-se essencial, na medida em que nos é mais simples compreender e interpretar determinada realidade. Criado o esquema mental, é alvo de um processo avaliativo, que pressupõe uma componente emocional e de carácter pejorativo. Está concebido assim o preconceito. Numa fase posterior, é já parte integrante do complexo processo de socialização, onde o preconceito procurará ganhar espaço e afirmação. Como consequência do estereótipo e do preconceito, manifestamos um comportamento, um acto intencional, que procure diminuir a auto-estima do discriminado e assim feri-lo no seu orgulho. No entanto, como não são irreversíveis, a história pessoal poderá ter um papel fulcral nesta matéria, podendo assim alterar padrões de preconceitos. Fugindo a todo este processo acima mencionado, poderemos ser surpreendidos por coisas pelas quais nunca teríamos sequer pensado dessa forma e que até então as achávamos banais.
Certo é que muito provavelmente poderemos não ser mais as mesmas pessoas e que muita coisa poderá mudar na nossa vida daqui em diante. Nova visão do mundo, novo pensamento mas, sobretudo, uma vida que procura ser vivida com menos "poluição" por parte dos outros

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