domingo, 1 de junho de 2008

UMA "CAIXINHA DE SURPRESAS"





Talvez não seja demasiado atrevido dizer, que a televisão é nada mais, nada menos do que um dos mass media mais importantes no quotidiano das pessoas.
A televisão é cultura para uns e destruição e violência para outros, esta "caixinha mágica" constitui, por um lado, motivo de debate para os adultos, por outro, objecto de adoração para as crianças.
A televisão está cada vez mais a fazer o papel dos pais, é uma espécie de "baby sitter" electrónica que desperta a atenção da criança, acalmando a sua impaciência e irritabilidade. Mas as crianças não são todas iguais e utilizam o televisor para se divertirem e não para se instruírem. Porém, as crianças ao verem televisão interiorizam modelos de comportamento e mesmo valores que tendem a imitar. Este facto pode tornar-se perigoso pois, a criança não vê na televisão o seu próprio mundo nem mesmo uma representação real do mundo que a rodeia. Estudos internacionais revelam que os meninos da escola portuguesa são os que mais horas de televisão vêem por dia, vêem, em média, 3 horas de TV por dia e 5 horas aos sábados e domingos. Em média, as crianças dos países participantes vêem cerca de 2 horas de TV por dia e 2 horas e meia ao fim de semana. Na média dos países participantes a maioria das crianças vê televisão, entre as 17 e as 21 horas, ou seja, quando chegam a casa vindas do infantário. Ao fim de semana, pelo contrário, é sobretudo entre as 9 e as 17 horas que as crianças vêem televisão, pois não vão para o infantário e necessitam de "passar o tempo" de uma maneira divertida. Depois das 21 horas é entre as crianças portuguesas, espanholas e americanas que se encontram mais telespectadores.
As imagens recolhidas pela criança têm um papel preponderante na sua formação e nos seus comportamentos futuros. A TV é vista como possuidora de determinadas características: a novidade, a variedade, a mudança, a diversão. É também colorida, actual e estimulante. A criança vai à escola quase para cumprir o "calendário" das obrigações. Depois senta-se em frente do pequeno écran para encontrar e tentar descobrir um universo mais compatível com o seu mundo. A criança substitui a falta de criatividade e a rigidez da escola pela beleza da cor e do movimento da televisão.
A televisão já não é uma mera ocupação dos tempos livres, mas um fenómeno social que provoca mudanças fundamentais na vida dos indivíduos.
As pessoas, por vezes, por conformismo, por exemplo, não sabem fazer uma leitura adequada da informação, nem mesmo uma selecção dos programas que devem ou não ver.
O desenvolvimento económico e particularmente o tecnológico têm permitido aos media não só uma cobertura mais ampla dos públicos, mas também a satisfação de necessidades específicas incluindo as culturais.
A crítica aos programas que os mass media transmitem deixam de ter sentido pois os mass media só transmitem os programas que as pessoas querem ver.
Nas sociedades ocidentais a falta de tempo disponível das famílias para os filhos leva a que os mass media tenham um papel mais marcante como agentes de socialização fornecendo modelos de referência à criança.
Continuará a existir violência na televisão? E nos restantes media? Estará a criança sujeita a uma vida baseada na observação e imitação destes modelos que nos chegam dos mass media?


Bibliografia:

r MONTEIRO, Manuela Matos, FERREIRA, Pedro Tavares, “Ser Humano – 2ª Parte”, Psicologia B, 12º ano, Porto Editora
r Revista TV Guia (resultados estatísticos da visualização de TV nas crianças)
r http://dialogodegeracoes.wordpress.com/2008/05/19/as-criancas-e-a-televisao-o-papel-dos-pais/

Filipa Correia

Talvez não seja demasiado atrevido dizer, que a televisão é nada mais, nada menos do que um dos mass media mais importantes no quotidiano das pessoas.
A televisão é cultura para uns e destruição e violência para outros, esta "caixinha mágica" constitui, por um lado, motivo de debate para os adultos, por outro, objecto de adoração para as crianças.
A televisão está cada vez mais a fazer o papel dos pais, é uma espécie de "baby sitter" electrónica que desperta a atenção da criança, acalmando a sua impaciência e irritabilidade. Mas as crianças não são todas iguais e utilizam o televisor para se divertirem e não para se instruírem. Porém, as crianças ao verem televisão interiorizam modelos de comportamento e mesmo valores que tendem a imitar. Este facto pode tornar-se perigoso pois, a criança não vê na televisão o seu próprio mundo nem mesmo uma representação real do mundo que a rodeia. Estudos internacionais revelam que os meninos da escola portuguesa são os que mais horas de televisão vêem por dia, vêem, em média, 3 horas de TV por dia e 5 horas aos sábados e domingos. Em média, as crianças dos países participantes vêem cerca de 2 horas de TV por dia e 2 horas e meia ao fim de semana. Na média dos países participantes a maioria das crianças vê televisão, entre as 17 e as 21 horas, ou seja, quando chegam a casa vindas do infantário. Ao fim de semana, pelo contrário, é sobretudo entre as 9 e as 17 horas que as crianças vêem televisão, pois não vão para o infantário e necessitam de "passar o tempo" de uma maneira divertida. Depois das 21 horas é entre as crianças portuguesas, espanholas e americanas que se encontram mais telespectadores.
As imagens recolhidas pela criança têm um papel preponderante na sua formação e nos seus comportamentos futuros. A TV é vista como possuidora de determinadas características: a novidade, a variedade, a mudança, a diversão. É também colorida, actual e estimulante. A criança vai à escola quase para cumprir o "calendário" das obrigações. Depois senta-se em frente do pequeno écran para encontrar e tentar descobrir um universo mais compatível com o seu mundo. A criança substitui a falta de criatividade e a rigidez da escola pela beleza da cor e do movimento da televisão.
A televisão já não é uma mera ocupação dos tempos livres, mas um fenómeno social que provoca mudanças fundamentais na vida dos indivíduos.
As pessoas, por vezes, por conformismo, por exemplo, não sabem fazer uma leitura adequada da informação, nem mesmo uma selecção dos programas que devem ou não ver.
O desenvolvimento económico e particularmente o tecnológico têm permitido aos media não só uma cobertura mais ampla dos públicos, mas também a satisfação de necessidades específicas incluindo as culturais.
A crítica aos programas que os mass media transmitem deixam de ter sentido pois os mass media só transmitem os programas que as pessoas querem ver.
Nas sociedades ocidentais a falta de tempo disponível das famílias para os filhos leva a que os mass media tenham um papel mais marcante como agentes de socialização fornecendo modelos de referência à criança.
Continuará a existir violência na televisão? E nos restantes media? Estará a criança sujeita a uma vida baseada na observação e imitação destes modelos que nos chegam dos mass media?


Bibliografia:

MONTEIRO, Manuela Matos, FERREIRA, Pedro Tavares, “Ser Humano – 2ª Parte”, Psicologia B, 12º ano, Porto Editora

Revista TV Guia (resultados estatísticos da visualização de TV nas crianças) http://dialogodegeracoes.wordpress.com/2008/05/19/as-criancas-e-a-televisao-o-papel-dos-pais/

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