Jean Piaget psicólogo e epistemólogo, nasceu a 9 de Agosto de 1896 em Neuchâtel, na Suíça e morreu a 17 de Setembro de 1980. Desde muito cedo demonstrou um grande interesse para áreas relacionadas com a história natural, sendo que aos 11 anos de idade publicou o seu primeiro trabalho – sobre a observação de um pardal albino –, que lhe conferiu o título de “menino-prodígio”.
Aos 22 anos de idade, conclui o seu doutoramento em biologia pela Universidade da sua terra natal e, desta forma, embarca para Zurich para trabalhar como psicólogo experimental numa clínica. Com a experiência adquirida desta actividade, juntamente com o facto de ter assistido às aulas que Jung leccionou, Piaget passou a conjugar a psicologia experimental (formal e sistemática) com métodos informais de psicologia como entrevistas, conversas e análises de pacientes.
O ano de 1919 foi um marco na sua vida. Após passar a colaborar no laboratório Alfred Binet, um famoso psicólogo infantil que desenvolveu testes de inteligência padronizados para crianças, Piaget notou que crianças da mesma faixa etária cometiam erros semelhantes nesses testes e concluiu que o pensamento se desenvolve gradualmente. Iniciou também seus estudos experimentais sobre a mente humana e começou a pesquisar sobre o desenvolvimento das habilidades cognitivas.
De volta à Suíça em 1921 iniciou o maior trabalho de sua vida, ao observar crianças a brincar e registando minuciosamente as palavras, acções e processos de raciocínio delas.
Em 1923, Piaget casou-se com Valentine Châtenay com quem teve 3 filhos: Jacqueline (1925), Lucienne (1927) e Laurent (1931). As teorias de Piaget foram, em grande parte, baseadas em estudos e observações de seus filhos que ele realizou ao lado de sua esposa.
Até a data de seu falecimento, Piaget fundou e dirigiu o Centro Internacional para Epistemologia Genética da Universidade de Genebra. Ao longo de sua brilhante carreira, Piaget escreveu mais de 75 livros e centenas de trabalhos científicos.
Importância para a psicologia…
Até o início do século XX assumia-se que as crianças pensavam e raciocinavam da mesma maneira que os adultos. A crença da maior parte das sociedades era a de que qualquer diferença entre os processos cognitivos entre crianças e adultos era sobretudo de grau: os adultos eram superiores mentalmente, do mesmo modo que eram fisicamente maiores, mas os processos cognitivos básicos eram os mesmos ao longo da vida.
Piaget, a partir da observação cuidadosa dos seus próprios filhos e de muitas outras crianças, concluiu que em muitas questões cruciais as crianças não pensam como os adultos por ainda lhes faltarem certas habilidades, a maneira de pensar é diferente, não somente em grau, como em classe.
Assim, Jean Piaget ficou conhecido pelo seu trabalho pioneiro no campo da inteligência infantil.
Os seus estudos tiveram um grande impacto sobre os campos da Psicologia e Pedagogia. A sua obra não fica limitada pelas fronteiras da psicologia dado que contribuiu para o desenvolvimento de outras áreas do saber como a filosofia, a sociologia, a biologia, a cibernética e a matemática. É considerado um epistemológo genético pelas investigações que leva a cabo sobre a natureza e a génese do conhecimento nos seus processos constitutivos
Fontes:
http://www.centrorefeducacional.com.br/piaget.html;
BARBOSA, Arnaldo de Miranda e; CARVALHO, Aloísio Mosca de; DURÃO, Paulo – “Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura”. Editora VERBO, volume 15, pp. 40
CASTRO, Adalmiro; Queirós, Adelaide; COUTO, Ana Maria – “Dicionário de Biografias”. Porto Editora, pp. 474
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