domingo, 7 de junho de 2009

Conflitos e a sua superação



O conceito conflito representa uma tensão que envolve pessoas ou grupos de pessoas quando existem tendências ou interesses incompatíveis.
Assim só existe conflito se existir uma relação próxima entre as partes de modo a justificar esse mesmo conflito, como se mostram frequentes entre pais e filhos, patrões e trabalhadores. Uma coordenada caracterizadora do conflito é o estado de insatisfação das partes, insatisfação essa que pode ter múltiplas origens como por exemplo, a divergência de interesses, o desacordo de pontos de vista, a partilha de recursos escassos, a competição pelo poder, etc.
No entanto, o conflito social é entendido como um núcleo de mudança e das dinâmicas sociais, tratando-se o conflito de uma manifestação das interacções sociais. O agravamento tal como o atenuamento do conflito vai depender das relações internas de cada grupo, pode aumentar ou diminuir se s desenvolverem atitudes de provocação ou de conciliação.
Devemos aceitar os conflitos como realidades do nosso mundo social e acabam por impedir a estagnação e promove novas ideias e novos ideais, podendo a sua consequência representar um modo mais adequado e dinâmico de integrar a sociedade.
Para que haja uma superação dos conflitos não basta o simples contacto entre grupos hostis, implica essencialmente um contacto que envolve cooperação, entreajuda e a interdependência de modo a construir um maior sucesso na finalidade visada. É importante que por cooperação entendamos uma acção conjunta e concentrada que envolve a colaboração dos envolvidos para se atingir um objectivo comum. Existem ainda outras formas de superação de conflitos que passo a fazer uma breve referência. A submissão, que acontece quando um grupo sede às exigências do outro; a mediação, que pressupõe a existência de um mediador (elemento neutro) que vai promover a comunicação entre as partes; a dominação, verifica-se quando um dos grupos impõe unilateralmente a solução ao outro; a negociação, visando impedir a confrontação directa, a negociação implica cedências e exigências mútuas, os grupos constroem um acordo e por último a inacção, em que os dois ou um dos grupos resolve não agir e esperar que o tempo resolva o conflito.
Porém, nos dias de hoje são dominantes as soluções que assentam sobre a cooperação, a mediação e a negociação. Deste modo, a forma como se aborda um conflito pode decidir, em grande parte das situações, a segregação ou a integração.

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